A quantidade de casos de violência doméstica em cidades do Vale do Itajaí tem chamado a atenção. Na noite desta segunda-feira (11), uma mulher de 57 anos precisou usar uma faca para se defender das agressões do próprio marido, em Blumenau. Horas antes, o homem já havia batido na filha do casal, que necessitou de atendimento médico.
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A esposa contou que estava na cozinha quando o companheiro a agarrou pelo pescoço. Ela conseguiu alcançar a faca e o atingiu no braço. Após receber os primeiros socorros, o homem foi levado à delegacia. Mais cedo, uma equipe de emergência já havia ido até a casa, no bairro Valparaíso, para atender a filha que tinha sido agredida pelo pai.
A Polícia Militar informou não ter sido chamada para a primeira ocorrência, por isso o homem seguia solto e acabou cometendo mais uma agressão, desta vez contra a esposa. A situação reforça a importância de fazer a denúncia. A Polícia Civil deve abrir inquérito para apurar os casos e levar o homem à Justiça.
Casos se repetem
Em outro episódio chocante, desta vez na cidade de Brusque, uma idosa de 88 anos foi golpeada com uma pá pelo filho. Ela caiu, bateu a cabeça no meio-fio e precisou ser hospitalizada. A senhora estava apavorada e só criou coragem para contar o que tinha acontecido quando ficou segura dentro da ambulância.
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No domingo (10), nem mesmo a gravidez impediu o marido de bater na companheira em Indaial. O homem de 30 anos usou um cinto para agredir a mulher. Vizinhos ouviram os gritos e o som de objetos quebrando dentro do apartamento e chamaram ajuda. A PM esteve no local e conseguiu prender o agressor em flagrante.
Apoio a vítimas de violência doméstica
Desde segunda-feira (11), um grupo de advogadas voluntárias da OAB Blumenau oferece suporte jurídico às vítimas de violência doméstica. O atendimento é prestado sempre às segundas-feiras, das 9h às 13h, na Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso, que também ganhou um espaço mais humanizado.
A Polícia Civil cedeu uma sala para o atendimento, que terá o acompanhamento de uma psicóloga da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social. Além da orientação jurídica e psicológica, a vítima será encaminhada para a Defensoria Pública e para os serviços oferecidos pela prefeitura em casos de violência doméstica.

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