A mulher suspeita de assassinar a grávida morta em Canelinha, na Grande Florianópolis, e tentar roubar o bebê também teria abordado outras gestantes da região antes do crime.
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Conversas em redes sociais divulgadas esta semana mostram a suposta autora do assassinato mantendo contato com grávidas e fazendo perguntas sobre o tempo de gestação, prazo para nascimento e cidade em que morava. Desde o dia do crime moradores comentam na cidade que a suspeita teria tentado fazer contato com outras gestantes.
O delegado responsável pela investigação, Paulo Alexandre Freyesleben e Silva, confirma que ela tentou contato com outras grávidas da região. No entanto, quantas mulheres foram abordadas e os detalhes dessas conversas que a suposta autora manteve só devem ser revelados à investigação após a análise dos telefones celulares apreendidos.
A conclusão dos laudos sobre esses aparelhos é uma das últimas partes pendentes para a conclusão do inquérito, segundo o delegado. Essas informações também podem apontar se outras pessoas além da investigada tinham ciência do crime ou mesmo tiveram algum tipo de participação.
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Após o crime, a mulher presa como suposta autora contou aos policiais que teria escolhido a vítima pelo período da gestação, que seria semelhante ao dela, e pela proximidade que tinha com a gestante. As duas já se conheciam, mas a suspeita buscou uma aproximação maior cerca de dois meses antes do crime, segundo a Polícia Civil.
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Relembre o caso
Uma mulher grávida de 36 semanas desapareceu na quinta-feira da semana passada (27), depois de sair de casa de carona, para um chá de bebê surpresa. Ela foi encontrada morta no dia seguinte (28) em uma cerâmica de Canelinha, na Grande Florianópolis, com o ventre aberto e sem o bebê.
Duas pessoas foram presas suspeitas de envolvimento com o crime. Segundo a Polícia Civil, uma delas é amiga da vítima, que teria atingido a cabeça da gestante com um tijolo e cortado a barriga dela para retirar o bebê, e a outra é o companheiro da suspeita do assassinato.
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Após o crime, a amiga da vítima teria ido ao hospital de Canelinha e apresentando a criança como filha. Ela alegou ter tido um parto espontâneo com a ajuda de terceiros. A equipe médica, no entanto, constatou que não havia indícios de parto recente na paciente e encaminhou a criança ao Hospital Infantil de Florianópolis, pelo fato de que ela apresentava cortes pelo corpo.
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Os suspeitos foram levados à Delegacia de Polícia Civil de Tijucas, onde a mulher contou ter planejado o crime há pelo menos dois meses, quando decidiu que encontraria uma criança para substituir a que havia perdido em janeiro, em um aborto. O marido disse não ter conhecimento sobre os fatos, mas segue detido enquanto as investigações não são concluídas. O bebê foi medicado e passa bem, segundo amigos da família, mas não foi informado se ele já deixou o hospital. O nome da mulher e do marido presos não foram divulgados por causa da Lei de Abuso de Autoridade.