Juana Mendoza, a mulher que foi queimada por um homem que jogou gasolina em seu corpo quando vendia comida em Cajamarca, nordeste do Peru, faleceu neste domingo em consequência dos ferimentos em 80% de seu corpo.
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“Não poderíamos fazer nada. Tinha problemas respiratórios, queimaduras nos pulmões e a infecção na pele provocaram a parada respiratória”, afirmou o médico Luis Bromley, diretor do Guillermo Almenara.
Mendoza, 31 anos, havia passado por três cirurgias.
O ministério da Mulher lamentou a morte e condenou o feminicídio.
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A brutal agressão aconteceu há nove dias, quando a vítima trabalhava ao lado da mãe na venda de comida em uma rua da cidade de Cajamarca, perto de uma delegacia.
De acordo com a polícia, o agressor jogou combustível no corpo da vítima e ateou fogo. A mulher teve queimaduras em 80% do corpo.
Juana foi atendida em um hospital local e transferida no domingo passado para a UTI de um centro médico em Lima.
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O agressor confessou o crime, alegando que atuou por vingança porque sua mulher, que é irmã da vítima, o abandonou.
Na terça-feira, a justiça peruana decretou nove meses de prisão preventiva para o agressor Eneider Estela Terrones por tentativa de homicídio com grande crueldade.
A prisão preventiva tem como objetivo evitar a fuga do acusado e permitir a investigação da Promotoria antes do julgamento, informou o tribunal de Cajamarca.
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De acordo com a Defensoria do Povo foram registrados 43 feminicídios e 90 tentativas de feminicídio entre janeiro e maio no país.
* AFP