A mulher que matou o próprio marido, ambos de 36 anos, deve responder o processo em liberdade em Itajaí. Ela teve a liberdade provisória concedida pela Justiça a pedido do Ministério Público no mesmo dia do crime, esta terça-feira (20), após ser presa em flagrante. Depois de assassinar o homem, a esposa chamou os policiais e disse ter atirado contra ele para pôr fim às agressões sofridas no casamento.  

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A audiência de custódia, que não tem sido feita presencialmente por conta da pandemia do coronavírus, ocorre depois dos flagrantes para a Justiça avaliar a legalidade da detenção e se há necessidade de manter a pessoa no presídio. No caso da mulher, a manutenção da prisão não foi tida como algo necessário neste momento.

A moradora do bairro Santa Regina, que não teve o nome divulgado, atirou cinco vezes contra o próprio marido, com quem convivia há 20 anos. Na sequência, pegou os três filhos, de 15, 8 e 3 anos, foi para a casa do irmão e acionou a PM. 

A solicitante contou que teve mais uma briga com o companheiro antes do assassinato. Nesta última, ele teria a agredido, tentado violentá-la e ameaçado a ela e a filha mais velha com uma pistola calibre 45 e uma arma de choque. A mulher vivia em situação de violência há cerca de 15 anos e já havia registrado ao menos um boletim de ocorrência por violência doméstica em 2016.

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Ela foi presa por homicídio, já que apesar de ter alegado legítima defesa, o homem estaria dormindo no momento do crime, conforme apurado pela PM. No documento sobre o flagrante, porém, não há informações que evidenciem se a vítima estava ou não acordada. 

Na casa, a PM apreendeu duas armas de fogo, uma de choque, colete à prova de bala e 100 munições. O caso ficou sob responsabilidade da Polícia Civil, que não passou detalhes sobre o assunto.