Uma mulher que matou o marido com golpes de marreta e faca foi condenada a 15 anos de reclusão em regime fechado, em Joinville. A sentença do Tribunal do Júri foi dada nesta sexta-feira (28). O caso aconteceu em 5 de julho de 2022, no bairro Boa Vista.

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A mulher foi denunciada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) pelo crime de homicídio duplamente qualificado – meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. Ela também respondeu pelo crime de fraude processual, que é quando se altera o local do crime de forma intencional, com o objetivo de induzir a erro o juiz ou o perito.

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A mulher foi sentenciada a 15 anos de reclusão em regime fechado, seis meses de reclusão em regime semiaberto e 24 dias multa.  Cabe recurso da decisão, mas não foi concedido à mulher o direito de recorrer em liberdade, pois permaneceu presa durante toda a instrução processual. 

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Caso aconteceu em Joinville

Relembre o crime

Conforme a ação penal pública, no dia 5 de julho de 2022, por volta das 5h30min, em uma residência no bairro Boa Vista, a mulher matou o companheiro com diversos golpes de marreta e faca. Na época, ela alegou legítima defesa. Segundo ela, o casal discutiu na madrugada e, durante a briga, ele teria tentado sufocá-la com um travesseiro.

Consta na peça acusatória que a mulher, com a repetição de golpes, atingiu regiões vitais e sensíveis do corpo da vítima. Além disso, o homem foi atingido com golpes violentos de marreta no rosto.

A denúncia descreve que após o crime, a mulher, com o objetivo de induzir a autoridade judicial e os peritos a erro, tirou o corpo da vítima do lugar, levando-o para fora da casa, e em seguida limpou o local do crime.

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O Promotor de Justiça Marcelo Sebastião Netto de Campos, titular da 23ª Promotoria de Justiça, argumentou durante o debate que “a tese da legítima defesa não se sustenta nesse caso, pois ela ultrapassou o limite da violência ao tirar a vida do companheiro”. Quando foi atacado, estava dormindo na sala da residência”.

Segundo a denúncia, ainda, após o crime, a mulher ficou mais de 10 horas fora de casa. Com isso, ganhou tempo para criar uma versão dos fatos para tentar se livrar da acusação.

*Sob supervisão de Leandro Ferreira

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