Como ela conseguiu fazer isso? Essa é pergunta feita por muitos moradores de Canelinha sobre o crime que chocou a cidade na última semana . Mesmo com a confissão do crime, ainda há quem diga não acreditar, principalmente, pela violência brutal. Mas aos poucos o comportamento da mulher até então considerado “normal” começa a ser posto em dúvida.
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Como o período em que ela dizia estar com câncer. Descobriu-se, com muitos familiares próximos, que ela não teria comentado sobre a doença.
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A homicida contou à polícia ter agido sozinha na emboscada e que nem mesmo o marido sabia dos planos. Entre os populares há quem desconfie da participação de mais alguém. Também duvidam sobre como ela teria acreditado que o plano daria certo, já que o crime foi praticado no meio da tarde, numa área com casas próximas e que obviamente os pais e marido de Flávia sentiriam sua falta com o passar das horas.
Também estranham a convicção da homicida confessa de que a versão do parto espontâneo seria facilmente aceita no hospital da cidade.
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Presença no grupo de gestantes da cidade
O DC conversou com uma pessoa próxima da mulher que confessou o assassinato, mas que se diz em pânico e pediu para não ter o nome divulgado, por questões de segurança. Ela contou que esteve com a homicida confessa dias antes do crime, quando conversou com naturalidade sobre a suposta gravidez e que agradeceu pela rifa online que a ajudou a comprar roupinhas para a filha que estaria a caminho. Disse nunca ter presenciado ela reclamar de alguma violência ou pressão do marido para ter filhos:
— A gente não sabe da intimidade dos outros, mas eu penso que a obsessão de ter uma filha era coisa da cabeça dela.
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Outra mulher, avó recente, acredita que sua filha contou com a sorte: a homicida confessa aprofundou a amizade e chegou a convidá-la para encontros. A avó desconfia que um fato foi definitivo para que a os contatos tivessem sido interrompidos: a filha estava grávida de um menino. Como a homicida queria ser mãe de menina, imagina que ela tenha mudado o alvo.
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Sandice é tanta, conta a avó, que na noite de quinta-feira, quando deu entrada no hospital de Canelinha, a homicida compartilhou num grupo de gestantes da cidade uma fotografia dela com os braços sujos de sangue e da bebê. Avisava que a neném teria nascido naquela tarde e a apresentou como Antonela.
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