Mulher morre afogada ao salvar filha em área de cachoeira, em Palhoça  

Uma mulher de 39 anos morreu afogada neste domingo (23), na região de Sertão do Campo, em Palhoça, na Grande Florianópolis. De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar, ela salvou a filha, de 11 anos, que havia caído em uma área de poço do Rio da Madre, onde há algumas cachoeiras e é bem comum a presença de banhistas.

Segundo o capitão Felipe Gelain, comandante das operações aéreas do Arcanjo, dos Bombeiros Militares, deste domingo, mãe e filha não sabiam nadar.

— A suspeita é que elas tenham caído na água, pois usavam roupas normais. A criança caiu primeiro, e testemunhas falaram que a mãe pulou em seguida, para resgatá-la. Ela conseguiu empurrar a menina e com quatro braçadas, ela se segurou em alguns galhos que tinha ali. Mas a mãe acabou afundando — explica o capitão.

Populares teriam tirado o corpo da mulher da água pelo menos dez minutos depois. Conforme o capitão Gelain, quando o socorro chegou ao local, ela já estava sem os sinais vitais. O Arcanjo retirou então o corpo da área de difícil acesso, para ser levado ao IGP. Já a filha, segundo os bombeiros, não ficou ferida e passava bem.

Mãe e filha seriam do Rio Grande do Sul, informaram os bombeiros.

— Aquela área tem poços de água de três a quatro metros de profundidade, em áreas pequenas, de 15 a 20 metros quadrados. O rio tem muitas cachoeiras, é bem extenso. Mas fica numa área remota. Vale muito cuidado ao tomar banho ou passear na região — complementou o capitão.

Cuidado em rios e cachoeiras

O tenente Ian Triska, instrutor de salvamento aquático e responsável pela Comunicação Social do Corpo de Bombeiro Militar, dá algumas dicas para quem for passear ou tomar banho em água doce, como em rios, lagos, cachoeiras;

– Crianças e adolescentes devem estar sempre supervisionados por um adulto quando estiverem tomando banho ou perto de rio ou até piscina. A orientação é que o pai ou mãe fique “um braço” de distância do filho, para caso ele cair, por exemplo, o responsável tenha tempo de segurar a criança. “Acidentes com crianças ocorrem em cerca de segundos”, lembra o tenente;

– Evite entrar em lagos, rios e cachoeiras onde você não tenha pé. Em águas doces é comum a pessoa “dar pé” em um ponto, e já do lado ter uma área mais profunda.

– Sempre tenha por perto objetos flutuantes, como boias. Se possível até cordas, para caso precise puxar alguém da água;

– Usar equipamentos de segurança quando for andar de caiaque, stand up paddle e canoas. Principalmente se a pessoa não souber nadar;

– Aos adultos, não ingerir bebidas alcoólicas quando estiver nestas áreas. Aumenta a possibilidade de acidentes e prejudica a fiscalização das crianças.