Uma decisão tomada por duas irmãs ainda na adolescência deu origem a uma história que parece novela no Sul de SC. Michelle Francine Pereira de Oliveira de Souza, aos 38 anos, foi barriga solidária para a irmã mais nova, e o final feliz chegou. O bebê nasceu no último dia 17, por volta das 14h, em Tubarão.
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Mãe dá à luz após ser barriga solidária da própria filha em Florianópolis
A decisão veio depois que Manuella Fernanda Pereira de Oliveira Alves, a irmã mais nova que hoje tem 36 anos, descobriu que não poderia ter filhos, aos 17 anos. A má-formação do útero a impediria de gerar uma criança e, por esse motivo, Michelle, a mais velha, se solidarizou e decidiu desde então que ajudaria quando a irmã quisesse ser mãe.
– Aos 30 anos, minha irmã começou com a vontade de ter filhos. Primeiro, ela pensou na minha mãe [para ser barriga solidária], mas por conta da idade não quis arriscar. Então, ela entrou pra fila de adoção, onde ficou por três anos e nada aconteceu – conta Michelle.
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Michelle, que aos 38 anos não queria mais engravidar depois de ter dois filhos – um menino e uma menina – viu a irmã não conseguindo realizar o sonho de ser mãe. Nesse momento, decidiu que cumpriria o combinado da adolescência.
– Falei com meus filhos, com o meu marido e com toda a família e eles aceitaram. Quando fomos contar pra minha irmã e pro marido dela, que é o namorado desde a adolescência, a emoção tomou conta – diz.
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A fertilização in vitro aconteceu em São Paulo e a transferência do embrião foi feita em novembro do último ano, também no Estado paulista.
– Depois da transferência esperamos alguns dias e o resultado deu positivo. Nosso bebê milagre estava a caminho – relembra Michelle.
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O planejamento era de que o parto fosse normal, mas a demora de João Guilherme para nascer fez com que Michelle precisasse fazer cesárea. Durante os nove meses, Manuella acompanhou a irmã em todos os processos da gravidez, mesmo morando em Joinville. As duas são naturais de Imbituba, e o bebê nasceu em Tubarão.
– Quando ele nasceu, o sentimento foi só de gratidão. Poder ver minha irmã com o sonho realizado, saber que ela conseguiu o que queria, pra mim é uma emoção muito grande. Eu sou mãe de dois e sei como é esse sentimento – conta a irmã que foi barriga solidária.
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João Guilherme nasceu e Michelle ganhou um outro presente: ser madrinha do menino.
– Amo ele como meu sobrinho, um amor gigantesco. Estou bem ciente desde o início do processo que ele é filho da minha irmã, tanto que em meu ventre, quando conversava com ele, eu era a dinda que estava cuidando até que a mamãe chegasse – enfatiza.
– Faz parte de mim, é minha família – completa Michelle.
*Sob supervisão de Vinícius Dias.
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