A falta de orientação a pacientes que estão a espera de cirurgias pode causar transtornos e atrasar a realização de procedimentos. A mensalista Albertina Treis Soares, 58 anos, sabe bem disso. Ela aguarda desde 2007 por uma cirurgia para a retirada de uma pedra na vesícula no Hospital Regional Hans Dieter Schmitd.
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A espera de Albertina pela operação teve início em outubro de 2007. Na época, ela passou pelas consultas e exames preparatórios e, inclusive, entregou as receitas dos medicamentos que tomava regularmente à equipe médica. Um dos medicamentos é o AAS Infantil, que também é anticoagulante.
– Levei a receita em uma das consultas, mas eles não falaram nada -, diz a mensalista.
Quando já estava na sala de cirurgia, prestes a receber a anestesia, é que o médico verificou que Albertina estava tomando o medicamento que poderia expô-la a hemorragias. Por isso, a cirurgia foi cancelada. Quatro anos depois, a equipe do Regional ligou novamente para a casa dela. Como o marido não conseguiu contatá-la – ela estava trabalhando – perdeu a vez.
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Na última segunda-feira, a equipe médica ligou após o cancelamento da cirurgia de outro paciente. Desta vez, o genro dela atendeu a ligação. Novamente, ela estava trabalhando e perdeu a oportunidade.
O diretor-técnico do Regional, Hercílio Fronza Junior, afirma que Albertina teve por três vezes a cirurgia agendada, mas em decorrência de problemas com a medicação teve dois procedimentos cancelados. O terceiro, segundo ele, não ocorreu porque Albertina não respondeu de forma imediata à equipe do hospital.
A cirurgia, agora, está marcada para 26 de junho. Segundo o diretor, o hospital realiza cerca de 400 cirurgias gerais todos os meses. Os procedimentos contemplam casos de níveis simples, médios e complexos. Em média, 50 pacientes já preparados para a cirurgia aguardam pela retirada de pedra na vesícula.
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