A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu na quinta-feira à noite, na BR-101, em Barra Velha, três suspeitos de uma tentativa de homicídio ocorrida no dia 14 de setembro em Balneário Camboriú. Entre os detidos, que estavam com a prisão preventiva decretada pela Justiça, estão a ex-mulher e o enteado da vítima.

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O crime ocorreu na Rua Bento Cunha, Bairro da Barra. Três homens invadiram a casa da vítima, um homem de 45 anos e o agrediram com golpes de machado, facão e um porrete. Ele foi levado em estado grave ao hospital, teve traumatismo craniano e perdeu um dos olhos devido. O filho dele com suspeita, de 16 anos, dormia em outro quarto e também chegou a ser agredido, mas conseguiu fugir.

As investigações ficaram a cargo da Divisão de Investigações Criminais (DIC) e da delegacia da comarca de Balneário Camboriú. O mandado de prisão saiu na quarta-feira passada, quando a polícia descobriu que os suspeitos estavam escondidos em um apartamento de luxo na Barra Sul, local de trabalho da mulher. O proprietário mora em outro estado, e os suspeitos aproveitaram o acesso ao imóvel para tentar despistar a polícia.

Descoberto o esconderijo, o trio conseguiu fugir e vinha sendo acompanhado desde então pela polícia. Quando interceptados, na noite de quinta-feira, eles vinham de Joinville, onde haviam passado os últimos dias, para Camboriú.

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Para a polícia, a ex-mulher foi a mandante do crime. O filho dela, o namorado e um jovem de 18 anos, identificado e detido logo após o crime pela Polícia Militar, são suspeitos de terem cometido as agressões.

_ A princípio, o crime foi planejado. Já havia ocorrido situações anteriores, em que a mulher chamou a vítima para encontros. A suspeita é de que o interesse fosse no imóvel e no carro que pertenciam ao casal, tanto que eles estavam com esse veículo quando foram presos _ afirma o delegado.

A polícia aguarda agora o resultado de um teste de DNA feito no sangue encontrado no veículo e perícia das impressões digitais que estavam na bicicleta do filho da vítima, que havia sido jogada em um matagal próximo à casa pelos agressores, para dificultar a fuga.

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Os três detidos ainda não prestaram depoimento à polícia. O Ministério Público ofereceu denúncia contra eles e o jovem preso logo após o crime à Justiça.