Quando os vizinhos acordaram durante a madrugada desta sexta-feira com gritos vindos da casa ao lado em uma rua do bairro Comasa, não imaginava que a situação ao lado – onde, segundo eles, as discussões eram constantes – tinha chego a um final trágico.
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Um dos vizinhos foi tirado da cama com batidas na janela de seu quarto, que fica no mesmo terreno onde uma mulher de 36 anos foi agredida pelo companheiro com 13 facadas em diversas partes do corpo minutos antes, na zona Leste da cidade.
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Ela, desesperada, gritava para o filho de dois anos para que saísse de casa e fosse se esconder. O menino, que abriu a porta e correu para fora, foi acompanhado pela mãe. Sangrando, ela pedia ajuda a quem pudesse escutar. Ela não conseguiu ir longe, e despencou poucos metros além do portão de casa, sem conseguir mais caminhar. Enquanto isso, o companheiro, apontado como autor do ataque, fugia.
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A criança, sem entender o que estava acontecendo, ficou de pé, ao lado da mãe inconsciente.
– O menino ficou lá, se recusou a sair de perto da mãe, até a polícia chegar. Foi quando o Bobby, um vira-latas que todos nós cuidamos aqui no terreno, saiu pelo portão que a mãe deixou aberto enquanto fugia e se juntou ao menino. Ficou lá durante toda a madrugada, mesmo enquanto a Polícia e o Samu trabalhavam, sem desgrudar dela e do filho – conta o vizinho.
Ele conta que embora seja o responsável pelo cachorro, todos os que moram no terreno cuidam dele, e mãe e filho sempre tiveram uma atenção especial com o bichinho, especialmente a criança, que brincava diariamente com o cão. Na tarde desta sexta-feira, a rua onde o crime aconteceu, ainda tinha marcas de sangue em frente a casa da vítima, assim como a pelagem do cachorro Bobby, que ainda tinha marcas do sangue vítima.
Em estado considerado gravíssimo, ela foi levada para o Hospital Municipal São José, onde foi encaminhada para a mesa de operações e passou por cirurgia na manhã desta sexta. Ela teria voltado à recuperação no início da tarde, mas um agravamento no quadro da vítima fez com que fosse levada novamente para a cirurgia e, depois, para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
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O filho, após a ação das polícias Militar e Civil e do Samu, foi acompanhado por familiares e levado para a casa de uma tia, junto com o avô. Bobby continua no Comasa, em frente à sua casa, à espera da volta dos vizinhos.