Uma mulher de 68 anos doou um dos rins para salvar a vida do irmão mais velho. O procedimento aconteceu no Hospital Santa Isabel, em Blumenau. O transplante entre pessoas vivas só é possível porque o paciente pode viver com apenas um rim. A cirurgia ocorreu na última quinta-feira (27). 

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Maria Celina e Moacir José, de 70 anos, passam bem.

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A irmã recebeu alta na sexta (28) e já voltou para casa, em Balneário Camboriú. O irmão, morador de Jaraguá do Sul, segue internado para acompanhamento médico, como prevê o protocolo. Moacir conta que a doação foi voluntária.

— Ela ofereceu. Todos os exames atestaram a compatibilidade do órgão e fizemos a cirurgia — comemora.

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O primeiro encontro dos dois após o transplante aconteceu antes da alta hospitalar de Maria Celina. Ela disse que não sairia do hospital sem vê-lo antes. O rápido momento juntos foi organizado pelas equipes assistenciais das unidades Coração de Jesus e Nossa Senhora Aparecida.

— Só desejo saúde para nós, principalmente para meu irmão — disse a irmã.

Esse foi o 18º transplante de rim no Hospital Santa Isabel somente neste ano. Em 2021 inteiro o número chegou a 143. A unidade é referência em transplantes em Santa Catarina.

Maria Celina ficou emocionada ao reencontrar o irmão após o transplante
Maria Celina ficou emocionada ao reencontrar o irmão após o transplante – (Foto: Gabriel Silva/Comunicação HSI)
Moacir José segue internado e se recupera bem da cirurgia, considerada um sucesso
Moacir José segue internado e se recupera bem da cirurgia, considerada um sucesso – (Foto: Gabriel Silva/Comunicação HSI)
Antes de Maria Celina ir para casa ela fez questão de ver o irmão
Antes de Maria Celina ir para casa ela fez questão de ver o irmão – (Foto: Gabriel Silva/Comunicação HSI)

O transplante

Num transplante renal, o órgão de uma pessoa viva ou falecida, desde que esteja saudável, é doado a um paciente portador de insuficiência renal crônica avançada. Através de uma cirurgia, o rim é implantado no paciente e passa a exercer as funções de filtração e eliminação de líquidos e toxinas. Diferente dos demais transplantes, os rins do paciente não são retirados: ele é posicionado ao lado do órgão que já era do paciente – a menos que estejam causando infecção ou hipertensão.

Como fica o doador?

É difícil estimar se ele terá problemas renais no futuro. Mas é importante levar em consideração que ele passa a ter um órgão fazendo o trabalho de dois, por isso o doador terá cuidados especiais para o resto da vida. O paciente transplantado também: com frequência ele deve comparecer ao Ambulatório de Transplantes do Hospital Santa Isabel para exames. Com o passar do tempo, os exames vão se tornando anuais.

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