A mulher que se relacionou com um homem em situação de rua se pronunciou pela primeira vez após o ocorrido, em 9 de março. Sandra Mara Fernandes ganhou alta do hospital em 6 de abril e, nesta quarta-feira (27), publicou um longo desabafo publicado nas redes sociais. 

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Fernandes compartilhou os traumas que viveu após as cenas do envolvimento com Givaldo de Souza, de 48 anos, terem viralizado nacionalmente. A mulher manteve relação sexual dentro de um veículo, em Planaltina, com o ex-morador de rua. 

“Passei por dias muito difíceis, nunca me imaginei naquela situação. Eu me sinto profundamente dilacerada pelo ocorrido”, escreveu. 

Na publicação, a comerciante deu a entender que só teve ciência da dimensão que o caso tinha tomado após receber alta, e lamentou como o caso foi tratado.

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“Fui vítima de chacotas, humilhações em rede nacional. Fui taxada como uma mulher qualquer, uma mulher promiscua, uma mulher com fetiches, uma traidora. E mais ofendida ainda por ter sido atacada por outras mulheres que entenderam que eu merecia o pior”, escreveu a comerciante.

Um laudo médico, divulgado seis dias após o episódio, mostrou que a comerciante estava em surto psicótico. Ao flagrar a cena, o marido da mulher, que é personal trainer, espancou o sem-teto. O educador físico disse que atacou o homem porque pensou se tratar de um estupro.

O desabafo foi compartilhado com uma foto dela com o marido, e incluiu um agradecimento a ele, à família, aos amigos e aos profissionais que ajudaram no tratamento. 

De acordo com o marido, em nota enviada ao Metrópoles, a esposa estaria em surto psicótico e, assim, não teria havido relação extraconjungal consensual, e sim violência sexual. “Não se trata de uma traição conjugal, e, sim, crime de violência”.

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Na publicação, Fernandes se defendeu. “Eu não escolhi ter um surto, eu não escolhi ter sido humilhada, eu não escolhi ter minha vida exposta e devastada”.

Ela finalizou afirmando que busca na justiça reparação das violências que sofreu.

“Não merecia ter sido tratada como uma qualquer, e , principalmente, ter sido usada como objeto de prazer durante delírios e alucinações que confundiram minha mente e me colocaram num contexto nojento e sórdido”, completou.

Veja a publicação

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