Desde que o marido, um jovem de 22 anos, saiu de casa para ir ao mercado, em 16 de novembro, a vida de Aline Cristina Antunes Fernandes, 22 anos, tem sido dedicada às buscas e à espera por notícias. O corpo de um homem encontrado na tarde de quarta-feira, 28, pode ser um sinal de que as buscas acabaram, mas não a espera da jovem. Ela acredita que o corpo, que foi achado em uma área de mata no bairro Cubatão, é de Daniel David Soares da Silva. No entanto, devido ao avançado estado de decomposição, não é possível fazer o reconhecimento sem exames.

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Daniel foi visto pela última vez por volta das 17 horas do dia 16, quando saiu de casa de bicicleta para fazer compras, logo depois de receber um pagamento por ajudar na mudança de um vizinho, no bairro Jardim Paraíso, na zona Norte de Joinville. Aline registrou boletim de ocorrência, mas também fazia buscas com a ajuda de conhecidos. Na tarde de quarta-feira, recebeu, via aplicativo de mensagens, algumas imagens do corpo encontrado no Cubatão e reconheceu a camiseta que ele usava, igual à de Daniel.

Segundo ela, mesmo sem o contato da Polícia Civil, foi ao Instituto Geral de Perícias (IGP) para ver o corpo e, novamente, afirma ter reconhecido o marido. Como Daniel não tinha registro de arcada dentária, a única forma de identificação será por exame de DNA. Aline conta que foram colhidos fios de cabelo da filha deles e da irmã de Daniel, mas que o IML informou que o prazo para o resultado pode levar até seis meses. Enquanto não houver a confirmação da identidade, ela não pode retirar o corpo do local.

O delegado Dirceu da Silveira Júnior disse que a Delegacia de Homicídios, que investiga o caso, trabalha com a hipótese de o corpo ser de Daniel, mas que ainda depende de informações periciais que estão em andamento, sem prazo para conclusão.

O corpo foi encontrado por volta das 13 horas, quando pessoas passavam pela rua Dorothóvio do Nascimento, no bairro Cubatão. Elas acionaram a Polícia Militar, que chamou a Polícia Civil e o IML. Segundo Dirceu, não era possível verificar marcas de agressão aparentes no corpo, que poderiam levar à identificação da causa da morte.

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