São 288 aniversários desde a emancipação política em 1726, ainda sob o nome de Nossa Senhora do Desterro.

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Florianópolis acorda um pouco mais velha neste domingo, 23 de março. É data para comemorar, festejar, mas também de refletir sobre o passado e projetar os dias que ainda virão. É momento de fazer um balanço, saudar os avanços, reconhecer as dificuldades e principalmente de exaltar com muita alegria o orgulho de pertencer a esta terra.

Uma cidade múltipla, conhecida especialmente pela característica acolhedora. Uma cidade que adota e é adotada todos os dias. Um lugar que recebe como ninguém e que torna quase impossível uma despedida. Talvez, quem sabe, permita um até breve.

Com 675,4 quilômetros quadrados de área, Florianópolis é a cidade das 42 belíssimas praias e da Ilha de Santa Catarina – que atrai visitantes do país todo e de várias partes do mundo e os holofotes internacionais. Mas também é velha cidadezinha que tenta conservar suas tradições. É a Floripa dos casarios açorianos, da tranquilidade de Santo Antônio de Lisboa e do Ribeirão da Ilha e das rendeiras da Lagoa da Conceição.

É cosmopolita e provinciana.

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Olha para o futuro sem esquecer as lições do passado.

Maltratada muitas vezes, mas guerreira, a antiga Desterro dá lições ao seu povo – nativos e quem chegou depois – de como superar desafios e sempre seguir em frente.

Seu presente de constrastes desafia os cidadãos e a administração pública. O tempo todo. Sintomático que a dois dias do aniversário, a prefeitura tenha encaminhado à Câmara de Vereadores um plano de metas com 71 itens, que vão do turismo à educação.

É a cidade que convive com problemas crônicos de mobilidade e ainda sem um transporte marítimo. É a cidade do falar cantado, do tradicional manezinho, do pescador artesanal e da fantasia bruxólica de Franklin Cascaes. É a cidade do desenvolvimento urbano descontrolado. É a cidade da bela Catedral Metropolitana e da querida Praça XV. É a cidade que enfrenta falta de infraestrutura para receber os turistas. É a cidade da maricultura.

Aquele povoado fundado por Francisco Dias Velho e colonizado pelos portugueses hoje tem várias faces.

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Muitas cidades numa só.

E amada, muito amada, do jeito que ela é.