Muita tietagem e pouco futebol com Romário, Tiririca e Popó em Biguaçu, nesta quinta-feira

O que esperar de um ataque formado por Romário, Popó e Tiririca? Um artilheiro, um forçudo e uma piada de centroavante. Pois eles seguiram o script na noite desta quinta-feira em Biguaçu.

O tetratampeão fez dois. O ex-boxeador, numa bicanca, marcou outro. E o palhaço divertiu, mesmo sem querer, com suas jogadas bisonhas e chutes dignos dos piores peladeiros.

Era exatamente o que a torcida queria. Se os times balançaram as redes, os alambrados sacudiram muito mais. Muitas mulheres com crianças e alguns adolescentes gritavam por Tiririca, chamavam Popó para a briga e declaravam-se para Guga Kuerten.

Jogo teve virada no placar

Quem entende de bola fez o futebol, acontecer. Em plena forma, André Santos, lateral do Arsenal criado em Biguaçu e organizador da festa, foi um bom anfitrião. Arrancou do meio de campo até servir Albeneir, ex-Figueirense, mandar para a rede: 1 a 0 para os nativos, logo aos 6 minutos.

Romário teve a chance de empatar aos 15. Correu bem no seu estilo pra bater o pênalti, mas chutou rasteiro, à direita. Delírio do goleirão Borba, com vibração da torcida.

Dez minutos depois, dentro da pequena área, o camisa 7 Popó teria levado a bola a nocaute se ela fosse viva. A bicanca que empatou o jogo estufou a rede.

Romário, aí sim matador, virou lá pelos 26 minutos. Pegou muita gente com espetinho, pipoca e cerveja a postos de surpresa. Tanto que as comilanças voaram na comemoração.

“Comigo não tem retranca”

Iluminado, outro nativo de Biguaçu, Miguel Livramento, treinou o time e fez piada do início ao fim.

– Falei pro Adilson que comigo não tem retranca – disse ele, referindo-se ao treinador do Figueirense, que também estava

em campo.

Miguelzinho ainda mostrou estrela. Pôs o filho Mauro Sérgio em campo. O rapaz foi lá e empatou: 2 a 2. Quando ninguém mais dava muita bola para o jogo e centenas já estavam à beira do gramado, mesmo com 20 minutos do segundo tempo, Romário fechou o placar com a categoria de sempre: 3 a 2. Pouca gente viu. Nem mesmo as rádios locais, que transmitiam a partida, deram lá muita bola.

Faz sentido. Com uma causa nobre – A Apae – oba-oba, políticos e papagaios de pirata, o evento fica bem mais interessante do lado de fora do campo.

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