Disciplinas integradas, mais tempo na escola e preparação para o mercado de trabalho são algumas das mudanças propostas para o ensino médio brasileiro, que serão apresentadas, nesta quinta-feira, ao ministro da Educação, Aloizio Mercadante, no encontro do Conselho Nacional de Secretários de Educação, em Florianópolis.
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O evento, que reúne os 27 secretários, começa nesta quarta-feira e vai até sexta-feira e tem o ensino médio como tema principal.
A revelação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2011, em agosto deste ano, veio confirmar uma realidade conhecida: o ensino médio brasileiro está em crise. O índice alcançado foi de 3,7 – ele vai até 10 – ficando estagnado comparado ao Ideb 2009, que foi de 3,6.
O desempenho apresentado e os aspectos negativos, como as taxas altas de abandono e reprovação, levaram os secretários a fazerem um diagnóstico dos problemas e um plano nacional de mudança.
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A proposta será finalizada nesta quarta-feira. O secretário da Educação de Santa Catarina, Eduardo Deschamps, acredita que em 2014 começam as alterações. A ideia é que a maioria dos estados siga as diretrizes, que não serão impostas.
Escolas também têm autonomia para escolher as que mais se encaixam à realidade em que vivem.
– A partir do que vai ser apresentado, haverá uma tramitação. Em 2013, ele (o plano nacional de mudança) deve passar por aprovação e, em 2014, vem o início dessa transformação do ensino médio. Muitas destas propostas já começaram a ser feitas, como o próprio ensino médio integral – disse Deschamps.
A ideia é que, junto com o Ministério da Educação, os secretários estaduais consigam concluir e apresentar à sociedade as diretrizes de mudanças para área.
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Além de participar do evento, na quinta-feira, Mercadante deve visitar uma escola estadual da região da Grande Florianópolis. Na sexta-feira, representantes da Fundação Vitor Civita apresentam uma pesquisa sobre os anos finais (de 6º a 9º ano) do ensino fundamental.