Quem nunca ouviu falar no ditado de que a futura mamãe deve “comer por dois”? Pois o excesso de peso por parte da gestante pode levar ao diabetes e ao aumento de gorduras no sangue.

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– É natural que se ganhe algum peso após o parto em relação ao peso anterior a gestação, mas com alguns meses isso volta a normalidade, desde que não tenha havido ganho excessivo -. Assim, a gestante deve ficar de olho na balança e na nutrição – destaca a endocrinologista Leila Maria Batista Araújo e vice-presidente da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica).

O sobrepeso vem crescendo cada vez mais entre os brasileiros, desde bebês ainda no ventre da mãe até os adultos, os índices de ganho de peso tem comprometido a saúde destes indivíduos. Para se ter uma ideia, de acordo com informações dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças do Governo Federal dos Estados Unidos, uma em cada cinco mulheres é obesa ao entrar no período de gestação, ou seja, uma mulher com 1,65m e que pesa 81,6 kg corresponde a um índice de massa corporal de pelo menos 30.

Com este panorama e indícios médicos denotam que o aumento de cesarianas, deficiência do feto e até morte de mães e filhos está ligada à atual realidade.

– É preciso que haja conscientização sobre a obesidade durante a gestação para que as mudanças de hábitos aconteçam o quanto antes. Para a futura mãe, é importante saber que a obesidade compromete a vida dela e do seu filho – destaca.

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A busca por uma alimentação balanceada e rica em nutrientes é algo cada vez mais difícil nas grandes metrópoles. A todo instante as futuras mães estão correndo contra o tempo visando resultados em sua vida profissional – e acabam esquecendo de cuidar da saúde através de uma alimentação saudável e com medidas calóricas suficientes para manter-se bem ao longo do dia.

Quem nunca viu colegas de trabalho, de faculdade ou até mesmo em casa substituírem uma refeição por lanches, fast food e doces? Nesta rotina e a médio prazo, o corpo começa a manifestar sinais de ganho de peso com a presença de gordura localizada principalmente na região abdominal, falta de condicionamento físico, pressão arterial alta, baixa alta-estima, e por conseqüência, agravantes maiores podem surgir caso estes maus hábitos se tornem uma constante.

Fica, então, ainda mais importante que as futuras mães tenham uma alimentação saudável contendo massas integrais, grãos (feijão, lentilha, ervilha) proteína, verduras e frutas de três cores diferentes, leite ou derivado. Evitando gorduras, principalmente de origem animal, como manda a boa nutrição. Os exercícios físicos são bem vindos, mas nada exagerado.

Fonte: Abeso