O ex-gerente de futebol do Criciúma atendeu com exclusividade ao Diário Catarinense para falar sobre sua saída do Criciúma. Pelo telefone, ainda em sua sala no Heriberto Hülse, abatido com o fim da relação com o tricolor do Sul, evitou críticas pessoais, mas alertou para algumas dificuldades que impedem, segundo sua opinião, que a gestão profissional flua normalmente no Sul do Estado. Confira o que disse Pastana:

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DC – A qual fator você atribui o insucesso do seu projeto de montagem de time para a Série A, de forma tão abrupta, ainda durante o Estadual?

Rodrigo Pastana – Claro que os resultados apressam as coisas, mas há um fator mais forte que é a política interna no clube. São muitas fofocas, uma cultura com viés amador que persiste no Criciúma. A imprensa na cidade é um complicador também. Não impede a gestão profissional, mas que é um complicador não há dúvida.

DC – Como você avalia a decisão da diretoria de mudar todo o rumo do departamento de futebol?

RP – É uma decisão de comando, e isso não se discute. Ela foi baseada nos resultados e a conclusão foi de o maior responsável pela falta de rendimento era eu.

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DC – Tendo feito um trabalho de fôlego no Criciúma, você acredita que uma mudança radical dessas pode complicar o planejamento da Série A?

RP – Mudanças de choque não têm mais lugar no futebol profissional, nunca são benéficas, mas futebol é assim mesmo, vigora a política de que o mais importante é o resultado. Mas deixo um legado bacana aqui e se realmente o nome cogitado para vir é o de Cícero Souza, é um ótimo caminho, um excelente profissional e o Criciúma estará em ótimas mãos.