O mundo do trabalho tem se modificado intensamente nos últimos tempos, desde as próprias profissões até a maneira como cada atividade é executada. Essas mudanças exigem que os profissionais estejam cada vez mais dinâmicos e engajados.

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Em contrapartida, esse cenário contribui, em alguns casos, para a formação de profissionais mais imediatistas e que não aceitam nada menos do que se sentirem totalmente realizados em suas carreiras.

– O tema propósito está um pouco batido, mas ele faz muito sentido no mundo de hoje e no mundo do futuro. Quando eu tenho uma pessoa que não é feliz com o que ela faz, por mais que ela cumpra as metas e execute aquilo para o qual foi contratada, é uma questão de tempo até que ela saia de empresa – explica o presidente do Instituto Oliscorp, founder do Universo Empreendedor, CEO's Club e Lidera Brasil, Jean Oliskovicz.

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Por isso, segundo ele, é importante que as empresas exponham de forma clara quais são seus propósitos, para atrair profissionais que comunguem com eles, tenham sinergia e se alinhem de fato ao trabalho. Dessa forma, a empresa terá mais chances de ter sucesso e conseguirá construir um time que a acompanhará por um bom tempo.

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Imediatismo pode atrapalhar os planos dos jovens profissionais

A busca pelo sucesso imediato tem refletido no comportamento dos jovens, nem sempre de forma positiva. Afinal, construir uma carreira demanda tempo, estudo e muito trabalho.

– A satisfação profissional não é euforia ou coisa de momento. Ela tem a ver com conquistas que fazem sentido para cada um – explica Jean.

Buscando contentar essa urgência pelo sucesso, muitos jovens acabam tomando decisões precipitadas em relação à carreira. Para Jean, quando o profissional gosta do que faz, em muitos casosele só precisa rever sua função e adaptá-la ao seu propósito.

– E mesmo quando há uma mudança de carreira, o profissional sempre levará o conhecimento que foi adquirido anteriormente para a sua nova jornada. Dessa forma, ele constrói o futuro honrando sua história – enfatiza.

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Os profissionais precisam ser dinâmicos

Esse equilíbrio entre o imediatismo e o dinamismo é visto como a capacidade dos profissionais se adaptarem e gerarem soluções, uma competência cada vez mais valorizada.

Dessa forma, é preciso que os profissionais estejam sempre atualizando seus conhecimentos e com a mentalidade aberta para novas oportunidades, respeitando suas próprias conquistas e frequentemente moldando uma carreira de sucesso. Segundo a gerente de Vida & Carreira da nima Educação, a psicóloga Liliane Moura, como o mundo do trabalho está cada vez mais competitivo e exigente, o profissional contemporâneo precisa se reciclar constantemente.

– Ter mais de uma carreira mostra que o profissional é flexível e dinâmico, sendo multifacetado. Conseguir mesclar hobbies com profissão tem sido um diferencial entre aqueles que estão se destacando – acrescenta Liliane.

Profissionais multifacetados são a tendência do mercado

Uma habilidade profissional não exclui a outra, pelo contrário, muitas vezes elas se complementam. Atualmente, muitos funcionários de empresas também empreendem como uma alternativa de renda, por exemplo.

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– Na realidade, o profissional do presente já atua em diversas áreas. Podemos observar que as pessoas estão expandindo seu conhecimento e aprendizagem para além do seu ambiente de trabalho – garante Liliane.

Dessa forma, as pessoas buscam como uma segunda fonte de renda algo que elas possam automatizar e que gere os recursos sem comprometer muito do seu tempo, como seria uma segunda profissão formal. Segundo Jean, o tempo é o que temos de mais valioso hoje e vai valer ainda mais no futuro.

– Estamos dando mais valor para o tempo, aquele que eu vou ficar com as pessoas que eu amo, que eu vou cuidar da minha saúde, que vou estar com minha esposa, com meus filhos, parentes e amigos – aponta Jean.

A importância das competências socioemocionais

Essa habilidade de ser flexível no mundo do trabalho é apenas uma das competências socioemocionais cada vez mais procuradas pelos recrutadores. Atualmente, as empresas demandam por profissionais que saibam trabalhar em equipe, tenham empatia e consigam ser resilientes às dificuldades.

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– Algumas companhias grandes, hoje, nem olham mais a formação acadêmica do profissional antes de contratá-lo. As startups, por exemplo, têm muito dessa cultura de verificar as Softs Skills dos funcionários, que são as habilidades socioemocionais deles – , conta Jean.

As recentes mudanças geradas pela pandemia no mundo do trabalho, que resultaram na adoção de trabalho em regime home office exigem profissionais com Softs Skills fortes.

– A capacidade de gerenciar equipes de forma remota e garantir bons resultados demanda do profissional um desenvolvimento contínuo das suas competências socioemocionais – ressalta Liliane.

Mais do que uma tendência, o home office é um modelo atual de trabalho, que requer uma dinâmica diferenciada de comportamento e atuação, exigindo cada vez mais flexibilidade e adaptabilidade das pessoas.

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Papel das instituições de ensino

As instituições de ensino têm um papel fundamental na hora de preparar os profissionais para esse novo mundo do trabalho. O currículo acadêmico precisa estar cada vez mais próximo da realidade dos profissionais e das necessidades organizacionais. Dessa forma, é preciso proporcionar o contato do estudante com esse universo desde o ingresso na graduação, passando pelo desenvolvimento das competências socioemocionais durante todo o percurso acadêmico.

​​Saiba mais sobre o ensino do futuro acompanhando o canal Educação com Propósito, no NSC TOTAL.