Um novo efeito colateral no corpo relacionado ao Ozempic tem sido relatado nas redes sociais. Se antes se associava ao uso do medicamento mudanças na cabeça, dedos e nádegas, agora, as internautas também citam mudanças no tamanho dos seios. As informações são do jornal O Globo.

Continua depois da publicidade

Entre na comunidade exclusiva de colunistas do NSC Total

Os relatos destacam que ocorre a diminuição ou aumento dos seios. No primeiro caso, isso pode ser explicado pela perda de gordura provocada pelo fármaco, que reduz também a região das mamas. Já com relação ao crescimento, conforme especialistas citados pelo O Globo, estaria ligado a um inchaço hormonal temporário.

Ozempic vira febre entre famosos e profissionais alertam para perigos do uso sem prescrição

O Ozempic é indicado para tratar diabetes tipo 2, tem sido cada vez mais utilizado para finalidade de emagrecimento. Celebridades como Oprah, Jojo Toddynho, Whoopi Goldberg e Elon Musk, por exemplo, são algumas das que já admitiram o uso da droga para emagrecer.

Continua depois da publicidade

O medicamento emagrece porque atua em todo organismo e simula um hormônio do corpo chamado GLP-1, como cita o O Globo. A semaglutida, portanto, age de duas formas: no hipotálamo, que é o nosso “centro da fome”, diminuindo a fome e aumentando a saciedade; e na saída do estômago, fazendo com que a comida permaneça mais tempo no órgão, proporcionando saciedade e controlando o apetite.

Os perigos do uso sem prescrição

Muitas pessoas relatam que ganharam peso após parar com o uso da semaglutida. Segundo Emerson Marques, professor do Departamento de Clínica Médica na UFSC e médico endocrinologista no Hospital Universitário (HU), a obesidade é um problema crônico e o tratamento também deve ser encarado assim. A liberação do uso, geralmente, ocorre quando a pessoa consegue integrar o tratamento a fatores como reeducação alimentar, mudança de estilo de vida e cuidado com a saúde mental.

— No acompanhamento médico, não damos uma previsão de uso de seis ou três meses. Isso vai sendo ajustado. A volta do peso não está associada ao uso do remédio. Às vezes, ela está associada ao mau uso — pontua.

A psicóloga Rejane de Farias, que integra a Equipe Multiprofissional de Tratamento da Obesidade e Cirurgia Bariátrica no hospital, diz que a maioria dos pacientes são mulheres.

Continua depois da publicidade

— Nos estágios mais iniciais de obesidade, a autoestima costuma ser bastante afetada, porque a gente vive numa sociedade que coloca a magreza como o ideal de beleza. Isso costuma gerar um sofrimento psíquico ligado à própria imagem — relata ela.

O médico Emerson Marques defende, ainda, que a magreza não é o único resultado possível de um tratamento contra a obesidade. Para ele, o importante é que as pessoas obesas alcancem o peso mais saudável.

— Muitas vezes, o tratamento vai deixar a pessoa menos obesa ou às vezes quem tá ganhando peso vai parar de ganhar. E esse já é um resultado — conclui.

Leia também

Doenças respiratórias somam 70% das internações no hospital infantil de Florianópolis

Com baixa adesão à vacina contra a gripe, SC alerta sobre a importância do imunizante

Janeiro Branco: atendimento de saúde mental na rede pública de SC ainda é um desafio