Para dissipar qualquer dúvida sobre seu estado de saúde, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, mandou divulgar os resultados de todos os exames médicos realizados antes e após a cirurgia de tireoide a que foi submetida no dia 4 de janeiro. A chefe de Estado havia sido anteriormente diagnosticada com câncer, mas, no sábado, os médicos constataram que o tumor retirado não era maligno, como pensavam. Cristina está se recuperando da operação na residência presidencial de Olivos.
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O diagnóstico de câncer veio no dia 22 de dezembro, quando uma ecografia e uma punção determinaram que ela tinha um carcinoma papilar no lobo direito da glândula tireoide. Exames posteriores demonstraram que a presidente não tinha metástases e que não precisaria de quimioterapia ou radioterapia, mas os argentinos acompanharam preocupados o estado de saúde da líder, que ficou internada três dias no Hospital Universitário Austral, antes de receber alta e voltar para casa. Quando os médicos examinaram o tumor que havia sido extirpado descobriram que era benigno.
– O estado de saúde de um presidente sempre preocupa, mas, no caso da Argentina, onde Cristina Kirchner concentra mais poderes do que qualquer presidente eleito desde o retorno da democracia, em 1983, a doença dela tem um peso político – afirma o analista político Rosendo Fraga.
O secretário-geral da Presidência, Oscar Parrilli, explicou nesta segunda-feira que não houve erro médico, nem qualquer intenção de esconder a verdade em relação à doença de Cristina.
O diretor do Centro Médico Maipu, onde foram feitos os primeiros exames médicos, explicou que é habitual fazer uma biópsia depois da retirada do tumor e compará-la com aquela feita antes da cirurgia. Em 2% dos casos, os resultados são diferentes. A presidente pediu que o exame original fosse publicado na íntegra, na página do hospital na internet, para dissipar qualquer dúvida.
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Agora, a expectativa é saber se Cristina continuará de licença médica até o próximo dia 24 ou se voltará a trabalhar antes.