Nesta segunda-feira (17), as máquinas retornam à rua Visconde de Taunay para continuar a transferência da rede de água e esgoto para a calçada. A etapa antecede a instalação de galerias subterrâneas da macrodrenagem do Rio Mathias. As intervenções acontecem nas calçadas e o fluxo de veículos deve seguir em meia pista, em alguns pontos. Desta vez, os trabalhos recomeçam na rua Henrique Meyer em direção a avenida Juscelino Kubitschek.

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De acordo com José Manoel Ramos, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), o impacto gerado pelas mudanças na rede deve ser reduzido já que as intervenções são menores e há um cronograma bem definido até a finalização desta etapa. Além disso, Ramos menciona que os trabalhos da Companhia Águas de Joinville estão programados para acontecer durante o dia e o maior fluxo nos espaços acontece no período noturno.

O presidente acredita que o maior impacto deve acontecer após a realocação quando inicia a implantação das galerias na Via Gastronômica. Conforme a prefeitura, a intenção é iniciar os trabalhos de macrodrenagem logo após a mudança nas redes de água e esgoto – prevista para finalizar em setembro.

— Impacto aos usuários sempre há. A nossa preocupação maior é com a instalação das galerias já que a intervenção é maior, e ainda é imprevisível — ressalta o presidente.

Diminuição de impactos

Em outras etapas, as intervenções da macrodrenagem do rio Mathias geraram reivindicações por parte dos proprietários de comércios como, por exemplo, das ruas Otto Boehm e, atualmente, da Jerônimo Coelho. A principal queixa é a queda no movimento e nas vendas porque em alguns pontos a rua fica inacessível para pedestres e motoristas.

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De acordo com o presidente, a Via Gastronômica também representa um ponto importante para lojistas e para a fluidez no trânsito do Centro da cidade. Assim, para evitar novas situações, Ramos dialoga com o governo municipal na tentativa de transferir o início da instalação das galerias para a segunda quinzena de janeiro de 2020.

Conforme ele, o período seria mais adequado porque os últimos meses do ano são os mais movimentados — com Stammitch em outubro e Natal em dezembro –, datas em que há bastante movimento nos estabelecimentos.

— Não somente para o comércio, mas até para o trânsito de maneira geral. Entre janeiro e fevereiro há diminuição de movimento na cidade toda, muitas pessoas estão em férias, alguns estabelecimentos podem realizar reforma e até lá há o menor impacto possível — completa.

Conclusão das obras do rio Mathias podem ficar para 2020 em Joinville

Macrodrenagem em ritmo lento

Conforme dados da prefeitura, a obra de macrodrenagem já atingiu 62% do total previsto
Conforme dados da prefeitura, a obra de macrodrenagem já atingiu 62% do total previsto (Foto: Salmo Duarte / A Notícia)

A obra do rio Mathias é a promessa para conter as cheias na área central de Joinville. Nos últimos meses, a instalação das galerias nas ruas caminhou em ritmo lento por causa de impasse em relação aos valores previstos nas planilhas entre a Secretaria de Infraestrutura e o consórcio contratado.

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Inicialmente, a previsão de conclusão da obra era de 22 meses após a assinatura da ordem de serviço, finalizando em 2016. Entretanto, o novo prazo para finalizar a macrodrenagem do Mathias é somente no ano que vem. De acordo com o sistema de acompanhamento de obras da Caixa, até abril deste ano já foram liberados R$21.428.517,88.

Em maio deste ano, dois aditivos foram solicitados para a continuidade dos trabalhos, totalizando R$ 4,78 milhões. Um dos aditivos formaliza serviços já executados no canteiro de obras, em R$ 914 mil, já o outro prevê R$ 2,95 milhões em serviços a serem realizados. A solicitação dos acréscimos levou à paralisação dos trabalhos entre abril e maio. Agora, pouco a pouco as frentes de trabalho estão sendo retomadas. Conforme dados da prefeitura, a obra de macrodrenagem já atingiu 62% do total previsto.

Em nota, a prefeitura informou que notificou as empresas responsáveis pelas obras a retomarem os serviços nas ruas Jerônimo Coelho, avenida Paulo Medeiros e no canteiro de obras localizado perto do monumento à Barca Colon.