A Fifa sempre encarou com surpresa questionamentos à Copa em pleno país do futebol, mas costumava achar que vinham predominantemente da imprensa. Com milhares empunhando cartazes contra o torneio, a entidade e o Ministério do Esporte iniciaram uma ofensiva de mídia para ressaltar os pontos positivos do Mundial.

Continua depois da publicidade

Até mesmo o presidente da Fifa Joseph Blatter, iniciou movimentos para melhorar a imagem da entidade perante os brasileiros. As ações começaram em uma entrevista coletiva do secretário-geral, Jérôme Valcke, e do ministro Aldo Rebelo, segunda-feira, enfocando os benefícios da Copa. E a medida veio tarde, reconheceu o diretor de comunicação da Fifa, Walter di Gregorio:

– É uma autocrítica. Poderíamos ter passado essas informações antes.

No dia seguinte à coletiva, Valcke, antes arredio à imprensa, participou durante mais de uma hora de um programa no canal SporTV. Apesar da virada, o clima na “Família Fifa” foi distensionado durante o fim de semana passado. No jogo Brasil x Itália, em Salvador, torcedores, seleções e patrocinadores não foram mais importunados – dois dias antes, uma van da entidade fora apedrejada.

A coletiva de Valcke e Rebelo foi a bonança depois da tempestade: os números reunidos para justificar o Mundial e defender governo e entidade das acusações das ruas levaram 45 minutos para ser expostos – e um final de semana para ser organizados.

Continua depois da publicidade