Muçulmanos do mundo inteiro celebram nesta quinta-feira a festa religiosa da Ashura, que coincide com o 10º dia do mês de Muharram no calendário islâmico.
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Os muçulmanos xiitas lembram nessa data a morte do imã Hussein, massacrado no ano 680 pelo califa Yazid, num marco da divisão da religião islâmica entre os dois grandes ramos Suna, majoritário, e Xia, minoritário. Na Ashura, fiéis xiitas se autoflagelam a fim de lembrar o martírio de Hussein.
Em Kerbala, no Iraque, onde ocorreu a morte de Hussein e está localizado seu santuário, autoridades aguardam 2 milhões de peregrinos iraquianos e estrangeiros. Todos os hotéis da cidade estão lotados.
A celebração em Kerbala atrai muçulmanos xiitas, que consideram Hussein legítimo herdeiro do profeta Maomé, de quem era neto.
Militantes sunitas vinculados à Al-Qaeda, que consideram os muçulmanos xiitas infiéis, frequentemente aumentam seus ataques contra a comunidade majoritária do Iraque durante a Ashura.
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Para os sunitas, a Ashura também é uma data religiosa, mas tem outro significado, vinculado a um dia de jejum de Maomé. Outras 19 pessoas perderam a vida no Iraque na quarta-feira, e a polícia matou três militantes, indicaram fontes oficiais.
O Iraque, de maioria xiita, foi governado durante 50 anos por uma ditadura vinculada à minoria sunita.