Cerca de 400 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), iniciaram nesta terça-feira uma marcha no Oeste do Estado. O grupo partiu de Xanxerê e foi até o Centro Comunitário de Xaxim, num percurso de 18 quilômetros, pela BR-282.

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A mobilização faz parte da Jornada Nacional de Lutas do MST, em homenagem a 19 integrantes do movimento que foram mortos em um confronto com a Polícia Militar no dia 17 de abril de 1996, em Eldorado do Carajás, no Pará.

O MST aproveita a data para reivindicar agilidade na Reforma Agrária, recursos para habitação nos assentamentos, linha de crédito específica para produção e repúdio ao uso de sementes transgênicas.

Nesta quarta-feira os trabalhadores rurais sem terra devem deslocar-se até a comunidade de Colônia Cella, em Chapecó, em mais 17 quilômetros de caminhada.

A marcha, de aproximadamente 50 quilômetros, encerra na quarta-feira, com um ato em frente ao Banco do Brasil e a sede regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

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Amanhã, também estão previstos atos em Rio Negrinho, Lebon Régis, Caçador, Curitibanos e Canoinhas.

De acordo com a direção do MST, existem 150 mil famílias acampadas aguardando terra, sendo 750 em 12 acampamentos de Santa Catarina. Dos assentados, somente 15% conseguem acessar o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que, segundo o movimento, não considera as especificidades da Reforma Agrária.