A relação entre esses dois nesta época do ano é inevitável. Não existe verão sem mar, assim como não existe humor sem mar!
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Já me peguei afogando as mágoas num mar de tristeza e lamentos. Já me peguei nadando num mar de esperança em nome do amor eterno. Já me peguei pulando ondas num mar de alegria que lembravam a infância. Já me peguei mergulhado no mar imenso do desespero achando que de lá não sairia vivo. Já naveguei em tantos mares, que de tantos mares, dos males o menor. Foram nesses mares que aprendi a navegar.
Foi numa aula qualquer – dessas em que a gente se distrai e quando vê já passou o tempo todo da matéria – que perdi o que era uma ilha. Quando dei por mim, no silêncio do quarto mais à noite, tentei relembrar alguma coisa daquele dia. Me veio à cabeça uma tal coisa chamada de alguma coisa que ficava no meio de um monte de coisa. Sei lá, o tempo passou.
Tem coisas que só a vida sendo vivida é capaz de ensinar – e acho que essa é a grande magia dela. Mais tempo foi passando. Num outro tempo adiante, ao contrário dos dias de aula, nos dias de férias, me deparei entrando num lugar com uma placa que dizia: bem-vindo à ILHA! Na mesma hora lembrei daquela aula. Nesse momento era verão, vi o mar, vi a gente, senti o calor, vi a ponte, vi pescador como nunca, vi peixe, vi marisco, camarão, vermelhão, vi o azul, o preto e o branco, só não vi a solidão. Solidão. É isso! Sabia que alguma coisa de solidão me fez não prestar atenção naquela aula sobre o que era uma ilha. A ilha parece sozinha, a ilha fica isolada da terra rodeada de água. Mas é falsa a ideia de solidão. O mar rodeia a ilha, é como se fossem nossos amigos a vida toda. Como se fossem pra sempre aqueles que nos acolhem, que nos abraçam, que vibram e celebram o que existe de mais bonito em nossa vida: a alegria! E quando essa suavemente vem e vai, tal qual a água cristalina que repousa na beira da praia, faz qualquer humor ficar melhor ainda como merece o nosso verão.
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