O Ministério Público do Trabalho de Campinas, em São Paulo, instaurou inquérito para investigar denúncias de uso de mão de obra análoga à escrava por fornecedores da marca de roupas Zara, do grupo espanhol Inditex.

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Segundo o MPT, auditores do Ministério do Trabalho inspecionaram oficina de Americana e constataram trabalho em condições degradantes, com alojamentos irregulares, falta de banheiros e dormitórios inadequados.

A inspeção ocorreu depois de uma denúncia anônima. Os auditores encontraram 52 funcionários em ambiente insalubre, trabalhando 14 horas por dia e recebendo entre R$ 0,12 e R$ 0,20 por peça.

A Inditex informou, por meio de nota, que o caso é uma “terceirização não autorizada de oficina de costura, por parte de um fornecedor brasileiro da Inditex” e fere o código de conduta do grupo.

– Ao ter conhecimento dos fatos, a Inditex exigiu que o fornecedor responsável pela terceirização não autorizada regularizasse a situação imediatamente – informa a nota.

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Segundo a empresa, as condições de trabalho dos terceirizados estão sendo regularizadas de modo que possam ser equiparadas às instalações auditadas e aprovadas pelos auditores do grupo.