No último domingo, 8, torcedores do Atlético-PR e do Vasco entrarem em confronto durante jogo da 38ª rodada da Série A na Arena Joinville, deixando três torcedores no hospital em estado grave. À epoca, a Polícia Militar afirmou que não estava presente no estádio devido a uma recomendação do Ministério Público de Santa Catarina. Agora, o coordenador do Centro Operacional ao Consumidor do MP, Marcelo Zanellato, garante que não houve tal determinação do Promotor Francisco de Paula Fernandes.
Continua depois da publicidade
Diário Catarinense – Houve, de fato, uma recomendação do MP para que a polícia não entrasse no estádio?
Zanellato – Não houve nenhuma recomendação ou determinação. O que existe é uma ação civil pública, ajuizada no dia 2 de dezembro e que ainda será analisada pelo juiz para 2014. E nessa ação não é solicitada a ausência da polícia, pelo contrário, é recomendado apenas que não seja desviada a sua finalidade: dar segurança ao torcedor. O promotor não tem o poder para dizer se a PM deve ou não entrar no estádio, isso precisa partir da Justiça.
DC – Então o promotor de Joinville, Francisco de Paula Fernandes, não cometeu nenhum equívoco?
Continua depois da publicidade
Zanellato – Em momento algum ele sugeriu que a polícia ficasse fora do estádio. Na ação civil, inclusive, ele transcreveu o artigo 14 do Estatuto, que diz que é dever do Poder Público designar agentes responsáveis pela segurança dos torcedores dentro e fora do estádio. A ideia não é impedir que a Polícia entre nos estádios, mas sim que volte suas atenções para a segurança do torcedor, dentro e fora dos estádios. Mas a segurança dos jogadores, dirigentes, árbitros, essa precisa ser feita pela empresa contratada pelo mandante do jogo.
DC – Até por se tratar de um jogo de risco, você acredita, então, que houve uma falha de avaliação da PM de Joinville?
Zanellato – Eu não posso emitir uma opinião, pois isso teria que ser averiguado em detalhes. O que sei é que houve uma reunião prévia entre a PM, administrados da Arena e representantes do Atlético-PR para definir as diretrizes da segurança interna. Esse é o procedimento de praxe. O que soubemos pela Federação Catarinense de Futebol é que a polícia estaria presente.
Continua depois da publicidade
DC – Para o Campeonato Catarinense, que começa em janeiro, teremos polícia em todos os jogos?
Zanellato – No Catarinense haverá policiamento em todos os jogos, como sempre aconteceu. Nos jogos considerados de risco, o policiamento será reforçado. Como já disse, existe uma lei federal que prevê essa participação dos agentes públicos.