A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o cenário da mpox, também conhecida como varíola dos macacos, como emergência em saúde pública de importância internacional na tarde de quarta-feira (14). Em Santa Catarina, segundo dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC), atualizados nesta quinta-feira (15), em 2024, 85 casos da patologia foram notificados, com 10 confirmados. Metade dos infectados são de Florianópolis.

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Apesar do aumento dos casos nos países africanos, os números registrados em Santa Catarina neste ano estão abaixo do que era notificado no passado. Segundo a Dive, em 2023, o Estado notificou 451 casos do vírus, com 50 confirmados. 

Entre os 10 casos de mpox confirmados em 2024 em Santa Catarina, cinco são de Florianópolis, quatro de Itajaí e um de Balneário Piçarras. Nos próximos dias, a Dive/SC deve divulgar uma nota técnica com orientações para os catarinenses sobre a doença. No entanto, ela ainda não é considerada como situação de alerta no Estado.

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Veja as regiões com casos confirmados de mpox 

  • Florianópolis: cinco casos confirmados
  • Itajaí: quatro casos confirmados
  • Balneário Piçarras: um caso confirmado 
  • Total: 10 casos confirmados em 2024  

O que é a mpox 

A mpox é uma doença zoonótica viral. A transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animais silvestres infectados, pessoas infectadas pelo vírus e materiais contaminados. Os sintomas, em geral, incluem erupções cutâneas ou lesões de pele, linfonodos inchados (ínguas), febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza.

As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, podendo formar crostas que secam e caem. O número de lesões pode variar de algumas a milhares. As erupções tendem a se concentrar no rosto, na palma das mãos e na planta dos pés, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive na boca, nos olhos, nos órgãos genitais e no ânus.

Situação na África

A OMS declarou que o cenário de mpox no continente africano constitui emergência em saúde pública de importância internacional devido ao risco de disseminação global e de uma potencial nova pandemia. Este é o mais alto nível de alerta da entidade.

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De acordo com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, surtos de mpox vêm sendo reportados na República Democrática do Congo há mais de uma década e as infecções têm aumentado ao longo dos últimos anos. Em 2024, os casos já superam o total registrado em 2023 e somam mais de 14 mil, além de 524 mortes.

Em maio de 2023, quase uma semana após alterar o status da Covid-19, a OMS declarou que a mpox também não configurava mais emergência em saúde pública de importância internacional. Em julho de 2022, a entidade havia decretado status de emergência em razão do surto da doença em diversos países.

No Brasil, o aumento dos casos e da circulação de uma nova variante no continente africano fez o Ministério da Saúde anunciar a criação de um Comitê de Operação de Emergência para adotar medidas de enfrentamento à disseminação da mpox.

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