O Ministério Público Federal (MPF) em Chapecó ingressou com ação civil pública em que pede reparação dos danos materiais e morais sofridos pelas 68 vítimas e familiares brasileiros do acidente da Chapecoense, ocorrido em 29 de novembro de 2016. Há três anos, o avião da LaMaia que levava a delegação do clube, jornalistas e convidados caiu na Colômbia. A ação visa garantir as indenizações dos quatro sobreviventes e 64 mortos que estavam no voo e que até agora não receberam os devidos valores.
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Após audiência realizada na Comissão de Relações Exteriores do Senado, em 15 de agosto, representantes das vítimas do acidente formularam representação ao MPF em Chapecó com novos fatos e documentos. A atitude gerou a defesa coletiva dos direitos dos familiares e vítimas sobreviventes como consumidores do serviço de transporte aéreo. A ação civil pública do MPF apresenta pedidos e fundamentos mais amplos do que as ações individuais já ajuizadas por algumas das vítimas e familiares.
A ação aguarda a deliberação da Justiça acerca dos pedidos liminares formulados pelo MPF.
O voo da delegação da Chapecoense partiu de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, e tinha como destino a cidade de Medelin, na Colômbia, cidade em que a Chape faria o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana diante do Atlético Medelin. O relatório final do Grupo Colombiano de Investigação de Acidentes Aéreos apontou a falta de combustível como uma das principais causas do acidente. Entre os 71 mortos, 64 eram brasileiros – jogadores, integrantes da comissão técnica e dirigentes da clube, jornalistas e convidados.
Em setembro famílias de vítimas e o sobrevivente Neto estiveram em Londres para protestar pelas indenizações de seguradoras com sede na capital da Inglaterra.
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