O Ministério Público Federal (MPF) informou que encaminhou, nesta quarta-feira, ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), parecer favorável à aquisição do grupo Ipiranga pela Petrobras.
Continua depois da publicidade
No parecer, no entanto, o procurador regional da República José Elaeres Teixeira aponta a necessidade de restrições para que a concorrência não seja afetada.
Entre as restrições está a exigência de que a Petrobras venda a terceiros os ativos adquiridos em Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal, além da transferência de contratos com postos de revenda nesses locais.
O negócio foi fechado em março de 2007 por mais de R$ 8 bilhões, mas ainda falta o posicionamento do Cade sobre o assunto. O grupo Ipiranga é dono de 5 mil postos de gasolina e tem a segunda maior rede de distribuição do país. Só perde para a BR Distribuidora, da própria Petrobras.
Em junho, a Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda havia recomendado ao Cade a aprovação, também com restrições.
Continua depois da publicidade
Vazamento de informações
A compra da Ipiranga pela Petrobras, Braskem e Ultra foi marcada por suspeita de vazamento de informações. A CVM teria verificado a ocorrência de negociações com ações do Grupo Ipiranga com indícios de informação privilegiada por um funcionário de nível de gerência de uma das três empresas que compraram o grupo.
O órgão chegou até a bloquear um negócio suspeito de R$ 4 milhões que envolve a venda de ações da empresa de petróleo Ipiranga.
Em março de 2007, a Petrobras criou uma comissão interna para investigar o possível vazamento das informações. Segundo José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras, mais de 50 funcionários da estatal tinham conhecimento da operação e havia um acordo de confidencialidade para evitar vazamento de informações.
Em maio do ano passado, a Petrobras fechou um acordo para manter a independência do grupo Ipiranga até a aprovação do Cade.
Continua depois da publicidade
As informações são do site G1.