A Procuradoria da República no Distrito Federal instaurou investigação cível preliminar para apurar a possível prática de improbidade administrativa pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. O ministro é investigado por eventual omissão quanto ao suposto esquema de corrupção comandado pelo ex-presidente da Casa da Moeda Luiz Felipe Denucci.

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Exonerado da Casa da Moeda no fim de janeiro, Denucci ocupava o cargo desde 2008 e é acusado de operar um esquema de remessas ilegais de recursos para paraísos fiscais. O dinheiro viria de contratos de fornecedores de serviços à estatal, subordinada ao Ministério da Fazenda. Na ocasião, Mantega chegou a admitir ter tomado conhecimento das denúncias em 2010, mas considerado as acusações “sem fundamento”.

A investigação no Ministério Público Federal será conduzida pelo procurador da República Júlio Carlos Schwonke. O procedimento preparatório tem prazo de 90 dias para ser concluído, prorrogável por igual prazo, uma única vez, em caso de motivo justificável. Caso a investigação não seja concluída nesse período, o procedimento é convertido em inquérito civil, cujo prazo de conclusão é de um ano, prorrogável.

A instauração da investigação é decorrente de representação dos senadores Demóstenes Torres, Álvaro Dias, Aloysio Nunes, Pedro Taques, Jarbas Vasconcelos e Randolph Rodrigues, encaminhada à Procuradoria da República do Distrito Federal pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, em 16 de março de 2012.

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