O Ministério Público turco solicitou até 142 anos de prisão para um dos codirigentes do Partido Democrático do Povo (HDP, pró-curdo) Selahattin Demirtas, acusado de pertencer ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) – informou a imprensa estatal nesta terça-feira (17).

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O HDP sempre negou ser o braço político do PKK, considerado uma organização terrorista por Turquia, Estados Unidos e União Europeia.

Demirtas alega estar sendo punido por se opor ao projeto de modificação para um sistema presidencialista de Recept Tayyip Erdogan.

O carismático Demirtas foi detido em novembro junto com outros nove membros do HDP, entre eles a também líder partidária Figen Yuksekdag, acusados de pertencerem, ou de apoiar o PKK.

Procuradores da cidade de Diyarbakir (sudeste), de maioria curda, pedem 83 anos de prisão para Yuksekdag, acrescentou a agência estatal de notícias Anatólia.

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Há três décadas, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) promove a luta armada para reivindicar mais direitos e autonomia para os curdos.

A violência entre o PKK e Ancara foi retomada no verão de 2015, depois da implosão de um frágil cessar-fogo. Com essa trégua, esperava-se abrir caminho para pôr fim a um conflito que deixou mais de 40.000 mortos desde 1984.

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