O Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) quer que a prefeitura de Joinville e a empresa Ascensus Logística paguem uma indenização e construam um corredor ecológico para proteger bugios-ruivos na Zona Industrial Norte da cidade. Os animais estariam em risco para transitar entre as matas da região.

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Na ação, o MP-SC ainda pede medidas paliativas na região, como colocação de placas de educação ambiental, cercas e grades, monitoramento e afugentamento da fauna local, para impedir que os animais sejam colocados em risco. 

Veja fotos de bugios-ruivos e da empresa de Joinville

A promotora de justiça Simone Cristina Schultz, titular da 21ª Promotoria de Justiça, defende que as medidas devem proteger a fauna brasileira e que a implantação do corredor ecológico se faz necessária para facilitar o fluxo das espécies locais, especialmente da espécie bugio-ruivo, que está ameaçada de extinção. 

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A apuração do MP-SC aponta que faltam medidas de proteção ao bugio-ruivo, entre outras espécies da fauna local, após impactos do desmatamento feito próximo a uma cervejaria. O órgão afirma que tentou acordos com a prefeitura e a Ascensus Logística, mas não teve retorno positivo. 

Caso a Justiça acate o pedido do MP-SC, o órgão sugere que o corredor ecológico e as outras medidas devem ser implementadas em seis meses, com multa diária de R$ 5 mil em caso de atraso. 

A 21ª Promotoria de Justiça ainda pede uma indenização de R$ 706 mil por danos morais coletivos a serem pagos pela empresa e pela Prefeitura. 

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Corredores ecológicos têm como objetivo diminuir os efeitos da fragmentação dos ecossistemas, fazendo a ligação entre diferentes áreas, facilitando o deslocamento de animais, a dispersão de sementes e o aumento da cobertura vegetal.

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Procurada pela reportagem do AN, a Ascensus Logística não retornou o contato até a publicação desta notícia. A prefeitura de Joinville, por sua vez, disse que não vai se manifestar sobre o caso.

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