As críticas do colunista João Francisco da Silva, do jornal da Cidade, sobre a cena de beijo gay exibida em Joinville na propaganda eleitoral gratuita do PSOL irão render uma ação civil pública do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC). Nesta quinta-feira de tarde, a promotora Simone Schulz, da promotoria de Direitos Humanos, deu entrada em um processo contra o jornalista e o periódico.

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A alegação é de dano moral coletivo a comunidade homossexual do Brasil. Por isso, é pedido a retirada de circulação do jornal e uma multa de 300 salários mínimos ao colunista e ao jornal devido aos comentários no jornal.

A ação foi comemorada pelo candidato a prefeito de Joinville, Leonel Camasão (PSOL), autor da denúncia ao MP-SC.

– Esperamos que agora a denúncia ganhe a atenção devida. Ficamos felizes que isso aconteça, porque esse tipo de atitude acontece pela impunidade que há ainda no país e em Joinville – disse.

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Essa é a primeira ação feita pelo MP de Joinville que tem como denunciantes a comunidade lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBTs).

O colunista do “Jornal da Cidade” disse nesta quinta que vai esperar a notificação para, se for necessário, tomar as providências cabíveis. Ele ressalta que criticou apenas o beijo gay e não a comunidade gay, como entendeu a promotora.

– No programa eleitoral gratuito deveriam ser discutidas questões de interesse de Joinville e não ficar passando beijo gay – opina.

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João Francisco faz questão de dizer que tem 43 anos de profissão e que sua nota foi “um grifo de indignação de uma sociedade que, a cada dia, se curva à prepotência de uma minoria.”