Os torcedores do Grêmio não poderão entrar no estádio Índio Condá, no dia 19 de março, na partida entre Chapecoense e Internacional, válida pela segunda fase da Copa do Brasil, com camisas, bandeiras ou objeto que identifique o clube gaúcho.
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Os torcedores do Inter também sofrerão a mesma restrição apenas nos espaços reservados para a torcida da Chapecoense. Eles terão direito apenas aos três mil ingressos da Coréia (setor popular). Nos jogos disputados no estádio Índio Condá normalmente os torcedores de Chapecoense, Grêmio, Inter dividem espaço nas arquibancadas e ambos torcem para o time do Oeste. O motivo é a influência da colonização gaúcha na região.
Mas, para este jogo, o objetivo é evitar que alguma provocação seja estopim de brigas ou alguma tragédia. Recentemente, em partida disputada no Heriberto Hülse entre Criciúma e Avaí, um torcedor do Tigre teve a mão decepada por uma bomba caseira jogada por um torcedor do Avaí.
Após este episódio, houve uma proibição pela Federação Catarinense de Futebol de torcidas visitantes caracterizadas nos estádios, durante o Campeonato Catarinense. A medida não é válida para a Copa do Brasil. Os torcedores do Inter podem ir ao estádio, mas somente na área destinada a eles.
A restrição consta num Protocolo de Intenções, firmado nesta quarta entre o Ministério Público, Polícia Militar, Polícia Civil e Associação Chapecoense de Futebol. De acordo com o promotor de justiça Júlio Locatelli, a medida é preventiva.
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Ele afirmou que o torcedor do Inter que também é sócio da Chapecoense ou comprou ingresso nas cadeiras não está proibido de assistir o jogo, mas não poderá utilizar o uniforme do clube gaúcho. Para o comandante do 2 Batalhão de Polícia Militar de Chapecó, tenente-coronel Paulo Henrique Hemm, a medida auxilia na prevenção de conflitos durante o jogo.
A Polícia Militar deve atuar com mais de 100 homens no estádio e suas proximidades, além dos acessos a Chapecó, onde haverá revista nas excursões. O delegado da Central de Polícia Civil de Chapecó, Alex Passos, informou que a Polícia Civil também terá 20 policiais no estádio, sendo quatro delegados, para inibir e agilizar os boletins de ocorrência.
Para o presidente da Chapecoense, Edir de Marco, o ideal seria realizar uma festa conjunta entre as torcidas da Chapecoense, Inter e Grêmio. Mesmo assim ele apóia a restrição das torcidas, em nome do bom senso. De Marco confirmou que os ingressos para a torcida da Chapecoense (R$ 50, R$ 70 e R$ 100), serão comercializados a partir de segunda-feira, dia 17, na sede do clube.
Já os três mil ingressos destinados à torcida do Inter devem ser comercializados através do Consulado do Inter em Chapecó. O cônsul Roberto Denardin deve priorizar a venda para sócios do clube.
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