O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) entrou com um recurso para que o ex-prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli, retorne à prisão. Detido durante a Operação Mensageiro —  que apura a suspeita de fraude em licitação e corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e distribuição de lixo em cidades catarinenses — , ele foi liberado em 29 de junho com o uso de tornozeleira eletrônica.

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O pedido foi interposto pela promotoria junto ao Tribunal de Justiça de SC. Na petição de 32 páginas, o MP pede a suspensão da decisão que determinou a soltura de Ponticelli com medidas cautelares. Ainda não há prazo de quando o recurso será analisado.

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O ex-prefeito de Tubarão foi denunciado pelos crimes de organização criminosa e 16 vezes por corrupção passiva. Conforme o MP, entre outubro de 2018 e setembro de 2022, ele e o ex-vice-prefeito, Caio César Tokarski, teriam recebido mais de R$ 2 milhões em propina da Serrana Engenharia, empresa pivô do escândalo do lixo.

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Em 10 de julho, Joares e Caio renunciaram ao cargo. Na carta entregue à Câmara de Vereadores, o ex-prefeito relembra a trajetória na política e encerra a carta afirmando que espera, “ao final desse doloroso processo, provar minha inocência”.

O advogado de defesa do ex-prefeito, Nilton Macedo Machado, disse em nota que recebeu com “tristeza” a informação do recurso. Isto porque, com a renúncia de Joares ao cargo, não teria como ele continuar realizando crimes contra a administração municipal.

“Considerando que todas as testemunhas da acusação já foram inquiridas, como supor, também, que poderá atrapalhar a instrução, se falta apenas inquirir testemunhas de defesa?
A defesa de Joares Carlos Ponticelli espera, serenamente, que a injusta e midiática pretensão seja negada, com triunfo da verdadeira Justiça”, diz o comunicado.

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