O Ministério Público reencaminhou à Polícia Civil nesta semana o inquérito sobre a morte do norte-americano Shane Gaspard, ocorrida no Natal de 2012, em Penha. A promotoria pede que sejam feitas novas apurações na investigação, com o objetivo de esclarecer se houve suicídio ou homicídio. Uma testemunha, que não teve o nome divulgado, deve ser reinquirida. Outras duas – uma que trabalhava com Shane e outra que era amiga da família – serão ouvidas pela primeira vez e incluídas no processo.
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O promotor Luiz Felipe Czesnat, de Balneário Piçarras, entendeu que precisaria de mais informações antes de se manifestar sobre o caso, uma vez que, conforme informações do MP, a dinâmica da morte não apresenta indícios claros da causa da morte.
Pela tese do suicídio, colaboraria o histórico de uso de medicamentos e de saudade que Shane teria da família nos Estados Unidos. Pela interpretação do crime, constariam o patrimônio considerável que o norte-americano tinha e o fato do corpo dele ter sido encontrado próximo de um automóvel, indicando possível tentativa de assalto.
A promotoria também pediu diligências ao consulado norte-americano e a companhias aéreas, para saber se foram requeridos vistos de parentes ou amigos, para entrada nos EUA ou no Brasil, antes e depois da morte de Shane.
Reta final
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A expectativa do Ministério Público é de que os ofícios do consulado e das companhias e os depoimentos das testemunhas sejam anexados ao inquérito nos próximos 30 dias, sendo reenviados à promotoria.
A partir daí, não há prazo para concluir o processo, mas é certo que ele entra na reta final. Segundo a assistência do promotor Czesnat, dificilmente a documentação será baixada mais uma vez para investigações, se encaminhado para a denúncia por homicídio ou para o arquivamento em razão do possível suicídio.
No inquérito da Polícia Civil de Balneário Piçarras, até agora, ninguém foi indiciado pela morte do norte-americano, por falta de provas. Aconteceram indiciamentos apenas de três familiares de Shane, por falso testemunho, fraude processual, extorsão e coação.