O Ministério Público de Santa Catarina solicitou ao Poder Judiciário o arquivamento do inquérito policial que investiga a morte do ex-vereador de Chapecó Marcelino Chiarello. O vereador foi encontrado morto em casa no dia 28 de novembro de 2011, em Chapecó.
Continua depois da publicidade
De acordo com o MP os laudos realizados para apurar a causa da morte de Chiarello apontaram suicídio por enforcamento como a causa da morte e que não havia indícios da participação de terceiros.
O advogado da família, Sérgio de Quadros, que ficou sabendo do pedido nesta manhã, disse que a família de Chiarello vai aguardar a decisão do juiz. Caso o pedido de arquivamento seja aceito pela Justiça, a família irá recorrer da decisão.
No começo do mês de agosto a família do vereador solicitou a retomada das investigações da morte em condições suspeitas.
Continua depois da publicidade
:: A morte e as divergências entre os laudos
Marcelino Chiarello tinha 42 anos quando foi encontrado morto por seu assessor no dia 28 de novembro de 2011. O professor e vereador estava pendurado pelo pescoço pela alça de uma maleta de notebook na janela do quarto de visitas de sua casa. O mesmo local em que morava com a mulher a mulher e o filho de 9 anos.
Agora essa análise independente pedida pela família coloca dúvidas nos resultados ao afirmar que houve um homicídio. O parecer do médico da USP reafirma o primeiro laudo, realizado pelo médico legista Antonio de Marco, do Instituto Geral de Perícias de Santa Catarina.
No entanto vai contra os laudos posteriores realizados pelo Instituto Geral de Perícias de Santa Catarina e também do Instituto de Criminalística da Universidade de São Paulo, feito a pedido da Polícia Federal, que indicaram suicídio.
Continua depois da publicidade
Como a família não tinha recursos para pagar uma perícia particular, solicitou apoio ao departamento de Medicina Legal da USP. A instituição aceitou o pedido e colocou técnicos e cientistas da universidade para analisar o caso e reexaminar os elementos da morte do vereador.