A morte de uma bebê de dois meses por suposta falta de leito de UTI em Florianópolis será investigada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC). O caso ocorreu no sábado (11), no Hospital Infantil Joana de Gusmão. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) também abriu uma sindicância para apurar a situação. 

Continua depois da publicidade

Receba notícias do DC via Telegram

Segundo a 10ª Promotoria de Justiça da Capital, a equipe solicitou informações sobre o atendimento à SES. Após receber os questionamentos, a promotoria irá avaliar a situação. O órgão, no entanto, não informou o prazo em que deve receber as respostas. 

Além disso, o MP alega que já tinha um inquérito civil instaurado para apurar a falta de atendimento nas UTIs neonatais e pediátricas. 

O caso veio a tona por meio do colunista do NSC Total Raphael Faraco nesta segunda-feira (13). A criança estava internada na enfermaria da unidade de saúde desde o início do mês com bronquiolite. Na noite de sábado, a menina passou mal e precisaria ser encaminhada à UTI. Como não tinha vaga, foi levada para a emergência, onde tem médico 24 horas. Foi ali que a pequena teve quatro paradas cardiorrespiratórias.

Continua depois da publicidade

Em nota, o governo do Estado e a SES alegaram que estão “prestando todo o apoio à família da paciente” e que descartam que o óbito tenha relação com a falta de vagas. A pasta diz, ainda, que a criança recebeu plena assistência das equipes e que abriu uma sindicância para apurar os fatos. 

Veja a nota na íntegra: 

“O Governo do Estado e a Secretaria de Estado da Saúde estão sensibilizados e prestando todo o apoio à família da paciente de dois meses que veio a óbito, no Hospital Infantil Joana de Gusmão, na madrugada do dia 11.

O Governo descarta que o óbito tenha relação com a falta de UTI. A paciente estava passando pela segunda internação na unidade hospitalar e recebeu plena assistência das equipes altamente capacitadas do hospital infantil de referência em Santa Catarina, que é o HIJG. Mas devido ao agravamento da sua condição clínica, não resistiu.

A SES abriu uma sindicância, que é um procedimento formal, para apurar os fatos ocorridos no atendimento da paciente”.

Continua depois da publicidade

Leia também: 

Secretaria da Saúde de SC nega que bebê tenha morrido por falta de UTI

Testes de farmácia positivos para Covid tiveram aumento de 178% entre abril e maio em SC

Florianópolis registra segunda morte por dengue