A Justiça pediu, através de uma liminar, o afastamento imediato de Carlos Manuel Corrêa da Silva do cargo de diretor da Vigilância Epidemiológica de Itajaí. Além disso, pede também a indisponibilidade dos bens no valor de cerca de R$ 930 mil. A ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) alega que Carlos teria acumulado ilegalmente três cargos e uma função pública.
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Em inquérito civil, constatou-se que Corrêa acumulou o cargo de médico em Balneário Camboriú, Balneário Piçarras e Itajaí, além da função de diretor de Vigilância Epidemiológica, também em Itajaí. A promotora Darci Blatti explica que o servidor praticou ato de improbidade administrativa ao assumir o terceiro cargo de médico em Itajaí, bem como a função de diretor da Vigilância e infringiu o limite de acumulação de cargos e funções públicas, compatibilidade de horários e o teto constitucional.
Procurado pela reportagem, Corrêa se disse bem chateado com a acusação. Ele garante que nunca exerceu o cargo de diretor do órgão e que os advogados deles já entraram com recurso.
– Eu sempre soube que um cargo de diretor exigia que eu ficasse oito horas por dia e eu sabia que isso não era possível, por isso nunca aceitei. Sempre que me reportei em nome da Vigilância foi na função de médico, para orientar a população, e não de diretor – explica.
A ação também pede a condenação da atual vice-prefeita de Itajaí, Dalva Rhenius, por improbidade administrativa. Na época, ela era secretária de Saúde e seria a responsável por conceder, ilegalmente, o cargo a Corrêa. A assessoria de imprensa da prefeitura disse que só vai se manifestar quando for notificada pela Justiça, mas confirmou que Corrêa nunca exerceu o cargo de diretor da vigilância.
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