A prisão temporária do gerente e do casal de empresários donos da Tecnomalhas, de Joinville, vence no sábado. Porém, conforme o promotor Assis Marciel Kretzer, o MP pretende requerer a prorrogação da prisão por mais cinco dias devido ao bom andamento das investigações.
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O Grupo de Atuação Especial do Combate ao Crime Organizado (Gaeco) está analisando documentos apreendidos e interrogando clientes e funcionários da empresa têxtil.
O casal Osvaldo Filomeno Constante Dutra e Lidia Ester Constante Dutra e o gerente Rudnei Luchtemberg foram presos na terça feira por suspeita de associação criminosa, lavagem de dinheiro, crimes contra a ordem tributária e contra a ordem econômica. De acordo com as investigações, a empresa deve aproximadamente R$ 15 milhões aos cofres públicos.
Na tarde desta quinta-feira, Lidia foi escoltada até o Fórum de Joinville onde participou de uma audiência referente a outro processo que também apura sonegação de ICMS no valor aproximado de R$ 1 milhão.
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Conforme a decisão que decretou a prisão preventiva dos suspeitos, a investigação aponta que nem todas as operações realizadas pelas empresas administradas pelo casal submetiam-se à tributação e emitiam notas ficais com valores inexistentes.
Uma das formas de sonegar impostos era por meio de outra empresa com o nome fantasia Tecnostone, de lavanderia e tinturaria, que não estava inscrita no cadastro de contribuintes do ICMS.
Além de decretar a prisão temporária, o juiz da 2ª Vara Criminal, Gustavo Aracheski, autorizou o cumprimento de mandados de busca e apreensão de equipamentos de informática e documentos e o sequestro de um imóvel e dos veículos: Míni Cooper Cyman ALL 4, BMW, Kia Soul, Mercedes CLC 200 k, Tucson GL 20L, Doblo Cargo, Fiorino IE, Mercdes Benz A 200 Turbo, Fiat/Uno, Renault Máster, Renault Máster, BMW 3281, BMW X1, Fiat/Ducato Carg, Trafic, LR Freelander 2 HSE I6 e Porsche Boxter (placa).
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A reportagem fez contato com o advogado de defesa João Carlos Harger Júnior na quarta-feira. Ele não quis comentar o caso porque as investigações ainda estão em andamento e o caso corre em seguro de Justiça.