A política é intrínseca à Furb. O movimento pelo ensino superior na região emergiu na década de 1950 a partir da União Blumenauense dos Estudantes, vereadores, Rotary e Lyons. A política que gerou debates e união no Vale pela criação da universidade acompanhou a Furb em cinco décadas de existência.
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A política estudantil ganhou corpo quando os centros acadêmicos uniram forças e criaram o Diretório Central de Estudantes (DCE). O primeiro presidente do DCE e hoje coordenador do Comitê Pró-Federalização da Furb, Roberto Diniz Saut, conta que o movimento sempre esteve em sintonia com o que ocorria em nível nacional:
– Tínhamos interesse nas eleições, promovíamos festivais, construímos a cantina com preços acessíveis. Encontramos resistência e chegamos a ser convocados pelo Exército para explicações durante a ditadura militar.
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Foi nos encontros dos acadêmicos, eleições internas e lutas pelas causas estudantis que nasceram na universidade lideranças locais. O primeiro prefeito de Blumenau que estudou na Furb, Felix Theiss, formou-se na segunda turma de Ciências Econômicas no final dos anos 60. Theiss fez parte do centro acadêmico do curso e do DCE, experiências importantes para sua formação política, que começou no movimento jovem da Igreja Católica quando era adolescente.
Theiss não foi o único que passou pelos corredores da Furb e tornou-se líder político. O prefeito Napoleão Bernardes graduou-se em Direito e lecionou na instituição até 2012.
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A mobilização política ultrapassa os campi da universidade. A mais recente é a Furb Federal, que trabalha para que a universidade passe a ter aporte financeiro da União. O ápice do movimento que envolveu alunos, servidores, professores e sociedade foi em 2011, quando 7 mil pessoas fizeram uma passeata da Furb à Catedral pedindo a federalização. O ato é lembrado como marcha dos guarda-chuvas
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