Um grupo composto por mais de 80 procuradoras e promotoras do Ministério Público em Santa Catarina assina uma nota pública com o título “violência não tem graça”. O grupo lamenta o ato de “fazer graça com a violência doméstica”.
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A carta não cita diretamente o caso, mas vem na sequência da divulgação do caso de um promotor catarinense que, durante uma aula de doutorado pela internet, riu após fazer comentários sobre o aumento dos casos de violência doméstica durante a pandemia. O promotor brinca ao dizer que “a mulherada tá apanhando pra c*”, além de outras falas. O caso já está nas mãos da Corregedoria-Geral do MPSC.
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Na nota, as promotoras e procuradoras do Ministério Público Federal, do MP-SC, do Ministério Público de Contas e do MP do Trabalho afirmam que “uma piada não é apenas uma piada, é a disseminação de uma forma de ver o mundo que se perpetuará e influenciará uma maior escala de comportamentos, quanto maior prestígio social ou institucional o emissor detiver”.
Em outro ponto, a nota diz que “não tem graça se esse humor está calcado em uma reiterada prática de abusos físicos e psicológicos em que um dos envolvidos acaba chorando, encurralado, desalentado, lesionado ou morto”.
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Confira a íntegra da nota “violência não tem graça”.
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