A temporada 2014 foi aberta no futebol nacional com a pré-temporada dos clubes, mas o Campeonato Brasileiro de 2013 não teve sua situação definida. Isso porque torcedores da Portuguesa acionarão a Justiça comum para derrubar a decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e reverter a perda de quatro pontos, e os consequentes rebaixamento da Lusa e permanência do Fluminense na Série A.
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Desde que o Pleno do STJD assegurou a derrota jurídica da Portuguesa e a manutenção do rebaixamento do clube, o movimento Bom Senso FC tem sido cobrado por torcedores para se manifestar contrariamente à resolução nos tribunais de um campeonato finalizado em campo. Nesta terça-feira, o zagueiro Paulo André, que é um dos líderes do movimento, avisou que seus pares não pretendem se pronunciar a respeito do caso.
– O que recebo de gente nas redes sociais pedindo para ajudar a Portuguesa é muito grande. Só que o Bom Senso não tem posição. É a maioria dos mil jogadores que vence os debates, e acho que não temos que entrar nessa esfera. Hoje são especulações sobre o julgamento, não podemos trabalhar sobre isso. Daqui a pouco vão falar: o cara se jogou, o juiz deu pênalti, cadê o Bom Senso? Não podemos entrar em conflito com tudo, senão viramos comentaristas de futebol – avisou o jogador do Corinthians.
Apesar do discurso de que não haverá pronunciamento do movimento, que na verdade surgiu em setembro de 2013 para pleitear mudanças no calendário esportivo e exigência do pagamento de salários aos jogadores, Paulo André deu sua opinião pessoal sobre a questão, atacando novamente a CBF, como já havia feito anteriormente.
– A organização do campeonato é tão ruim que acarretou nesse final ridículo. Se acontecer um campeonatinho de clube, o mesário da escola sabe quem pode jogar ou não. A CBF tem um delegado do jogo só para fazer isso, mas nada acontece. Eu imagino um milhão de coisas que podem ter acontecido nesse caso, mas por que os clubes não defendem a Portuguesa? Por que a Federação Paulista não defende a Portuguesa? Porque têm medo da questão política – afirmou, antes de completar.
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– É fruto da desorganização. Se tiver uma virada de mesa fica mais explícita ainda a bagunça. Sou a favor da liga de clubes, porque tem que cuidar do campeonato quem quer cuidar.