O aeroporto de Chapecó recebeu 420,4 mil passageiros no ano passado, mais que o dobro da população da cidade, que tem cerca de 200 mil habitantes. O crescimento em relação a 2013 foi de 8,4%. O movimento começa a se aproximar da saturação e a preocupar a prefeitura, que administra o terminal.
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O motivo é que ele atende a todo o Oeste de Santa Catarina, Norte do Rio Grande do Sul e Sudoeste do Paraná. Atualmente operam sete voos diários para Florianópolis/São Paulo/Brasília; Campinas-SP, e Porto Alegre, das companhias Avianca, Azul e Gol. As aeronaves são de cerca de 140 lugares.
Para aumentar o número de voos seria necessária a homologação do pátio de estacionamento, para operar três aeronaves simultaneamente, além de ampliar o terminal.
O prefeito de Chapecó, José Cláudio Caramori (PSD), diz que outras empresas, como a TAM, demonstraram interesse em operar em Chapecó, mas há dificuldade de rotas com os horários dos voos já existentes.
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Chapecó foi contemplada em 2012 com recursos de R$ 35,2 milhões para o projeto do novo terminal de passageiros, que teria capacidade para 500 passageiros hora. Mas o recurso não foi liberado até agora.
Caramori disse que foi apontada a necessidade de uma readequação do projeto. O objetivo agora é tentar com o novo ministro da Secretaria da Aviação Civil, Eliseu Padilha, a liberação dos recursos. Padilha já disse que a aviação regional é uma das prioridades da pasta e o aeroporto de Chapecó está entre os 270 mapeados para receber recursos.
Nesta semana, o prefeito estará em Florianópolis buscando apoio do governador Raimundo Colombo (PSD) para marcar uma audiência em Brasília com o ministro.
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Para o presidente da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (Acic), Bento Zanoni, o aeroporto é um dos responsáveis por alavancar o desenvolvimento recente da região.
– Antes nós estávamos a oito, 10 horas de carro de Florianópolis, agora vamos em 45 minutos – comparou.
Zanoni disse que a Acic está pleiteando mais voos, um deles para Navegantes, que facilitaria lideranças do agronegócio no contato com os escritórios da BRF e JBS em Itajaí. Além disso há um fluxo de turistas do Oeste para o litoral durante o verão.
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A Acic também apoia a federalização do aeroporto, que hoje é administrado pelo município, com o objetivo de internacionalizar voos de passageiros e também o transporte de cargas.