A fabricante americana de telefones celulares Motorola perdeu US$ 587 milhões nos nove primeiros meses do ano, quase quatro vezes os US$ 149 milhões perdidos no mesmo período do ano passado. A terceira maior empresa do setor no mundo informou nesta quinta que a perda por ação passou de US$ 0,6 a US$ 0,26 nos dois períodos comparados.
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As receitas da companhia caíram 14,7% e ficaram em US$ 23,01 bilhões, enquanto o resultado operacional refletiu uma perda de US$ 716 milhões, frente aos US$ 534 do ano passado. A companhia antecipou, além disso, que provavelmente atrasará a separação da unidade de telefonia celular que estava prevista para 2009 até que esta tenha capacidade para sobreviver sozinha.
O presidente da Divisão de Dispositivos Móveis da companhia, Sanjay Jha, descartou a separação da unidade no terceiro trimestre de 2009, devido, entre outros fatores, às mudanças em curso no mercado financeiro.
Além disso, para fazer frente à crise, a companhia deve cortar suas despesas para tentar economizar cerca de US$ 800 milhões. Para isso, a Motorola anunciou diferentes iniciativas, entre elas reduzir os sistemas operacionais que utiliza na fabricação de terminais e, a partir do ano que vem, começar a utilizar em alguns de seus aparelhos mais modernos o Android, sistema desenvolvido pelo Google.
No terceiro trimestre do ano, a companhia acumulou uma perda de US$ 397 milhões, frente aos US$ 60 milhões que lucrou no mesmo período de 2007, enquanto que suas receitas caíram 15%, para US$ 7,48 bilhões. Depois de uma hora da abertura da Bolsa de Nova York, os títulos da Motorola caíam 5,49% e eram negociados a US$ 5,16.
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