– Ainda não deu acidente por milagre.
A constatação é do mecânico de refrigeração Ingo Henning, morador da Frederico Jensen. Nessa rua, em frente ao Centro de Educação Infantil Leonardo Laurindo Terres, há uma faixa de pedestres que deveria garantir a segurança de quem precisa passar de um canto a outro. Mas atravessar ali é um desafio pois a faixa fica na baixada de um morro, e, segundo Henning, motoristas aproveitam para descer em alta velocidade.
Continua depois da publicidade
Ele conta que o problema maior é ao meio-dia e durante a noite. Para piorar, quando os carros param diante da faixa, motociclistas ignoram e continuam a trafegar, aumentando os riscos aos pedestres:
– É um perigo total. Os motoristas abusam.
Para Henning, uma lombada física ou uma faixa elevada já resolveria. Enquanto falta solução para o problema, moradores como Fernando Vitória, além de atenção redobrada, precisam contar com a paciência de motoristas mais cuidadosos. Todos os dias, pela manhã e final da tarde, ele atravessa a faixa com a filha de dois anos, que frequenta a creche:
Continua depois da publicidade
– Aqui é complicado. Os carros passam voando, não querem saber de parar.
>>E agora?
O técnico em sinalização da Secretaria de Planejamento Luis Bueno disse que a rua Frederico Jensen está sinalizada corretamente, de acordo com a legislação, com faixa de segurança e placas informando os limites de velocidade. Para ele, o problema não está na engenharia de trânsito, e sim na falta de fiscalização, que poderia coibir abusos, e de conscientização dos motoristas. Bueno afirmou que a faixa está localizada em local correto, visível tanto para os pedestres quanto para os condutores.
O diretor de Trânsito, Fábio Campos da Silva, garantiu que a Guarda de Trânsito está buscando junto à prefeitura a compra de radares móveis. Ele não falou em datas, mas disse que a negociação estará concluída em breve. Silva disse ainda que não há efetivo suficiente para deixar um agente fiscalizando a faixa na Frederico Jensen.