O transporte coletivo de Itajaí voltou a funcionar no fim da tarde desta segunda-feira. Os motoristas retornaram ao trabalho depois que o sindicato que representa a categoria fechou acordo com a Coletivo Itajaí e encerrou a greve. O reajuste dos salários foi fechado em 9%, chegando a um piso de R$ 1.744,00.
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O presidente da entidade, João José de Borba, informou ainda que ticket alimentação será de R$ 276,00 – representando aumento de 36,4% -, e a remuneração para motoristas que trabalham sem cobrador ficará em R$ 300,00 – um acréscimo de 50%. O valor pago pela empresa será retroativo a 1º de novembro e deve ser repassado em janeiro.
– Também foi acordado que não será descontado dia de serviço parado. Nós consideramos um avanço sair de uma proposta de 6% e chegar a 9% – comemora o presidente.
Coletivo é notificada
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Antes de ser fechado o acordo, nenhum ônibus da empresa concessionária dos serviços saiu da garagem para atender a população – nem mesmo o mínimo de 30% previsto em lei. Por isso a prefeitura aplicou uma multa a Coletivo Itajaí. O gerente operacional, Marco Littig, afirma que o sindicato descumpriu o acordo firmado com a empresa e o Ministério do Trabalho em audiência na semana passada.
– A prefeitura nos notificou e mesmo assim o mínimo dos ônibus não foi liberado. Fechamos o acordo acima do nosso limite para garantir o serviço a população. Agora esperamos que o aumento da passagem seja aprovado para que possamos bancar essas despesas – explica.
Greve pegou moradores de surpresa
Apesar do aviso antecipado, a greve do transporte coletivo em Itajaí pegou muita gente de surpresa nesta segunda-feira. Dionara da Silva e o filho Victor Serpa esperaram horas por um ônibus que nem sequer saiu da garagem. A costureira teve um problema mecânico em sua motocicleta na manhã desta segunda-feira e precisou do transporte coletivo para voltar para casa. Mas ao chegar no ponto recebeu a notícia de que nenhum veículo passaria por ali.
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– Pensei que tivesse pelo menos uma linha funcionando, mas estamos aqui esperando há duas horas. Tive que ligar para minha irmã e meu marido nos buscarem. Cada um que senta para esperar o ônibus a gente avisa que está em greve – conta.
Quem trabalha no comércio também precisou se virar sem o transporte coletivo. Maiara dos Santos Antunes mora na comunidade da Baía, no interior de Itajaí, e teve que apelar para que um tio a levasse para o Centro.
– É complicado pra quem depende do transporte, ainda mais agora que o comércio fica aberto até às 22h – reclama.
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